Arthur L. White
A Beneficência Sistemática, como primeiro foi proposta e adotada pelos adventistas que observavam o sábado, em 1859, constava de um plano sistemático de dar não somente com base numa porcentagem, mas de dar também ofertas voluntárias.
Alguma Documentação Sobre a Beneficência Sistemática e o Dízimo, da maneira como foram lançados em 1859
Este plano foi recomendado na reunião de janeiro de 1959, em Battle Creek:
“1. Que cada irmão, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de cinco a vinte e cinco centavos de dólar.
“2. Que cada irmã, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de dois a dez centavos de dólar.
“3. Além disso, que cada irmão e cada irmã ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de um a cinco centavos para cada cem dólares de propriedade(s) que possuem.
“As mais baixas quantias estipuladas são tão pequenas que aqueles que se encontram nas circunstâncias mais precárias (com mui poucas exceções de algumas viúvas, doentes e pessoas idosas) poderão pôr este plano em prática; ao passo que os que estão em melhores condições poderão desempenhar a sua mordomia, no temor de Deus, dando desde as menores até às mais altas quantias estipuladas, ou mesmo mais, como acharem ser o seu dever.”—R&H, 3 de fevereiro de 1859, pág. 84.
Com apenas algumas modificações insignificantes, esse plano foi adotado na Assembléia da Associação Geral, em 4 de junho de 1859. Relatado na R&H de 9 de junho de 1859, pág. 20.
O Que Seria Feito Com o Dinheiro
Quando as igrejas começaram a pôr em prática o plano adotado em Battle Creek, surgiu uma pergunta acerca do uso do dinheiro assim arrecadado. Tiago White respondeu a essa pergunta na Review do dia 3 de março de 1859:
“O irmão I. C. Vaughan escreve de Hillsdale, Michigan, dizendo que a igreja nesse lugar ‘está agindo de acordo com o plano da Beneficência Sistemática e gostando muito dele’, e pergunta: ‘Que deverá ser feito com o dinheiro no fim do mês?’
“Sugerimos que cada igreja guarde pelo menos 5 dólares na tesouraria para ajudar os pregadores que ocasionalmente a visitam e trabalham entre eles. Isto parece ser necessário. A escassez de dinheiro é tanta que os nossos bons irmãos raramente se acham preparados para ajudar um mensageiro em sua viagem. Deve haver alguns dólares em cada tesouraria de igreja. Além disso, a dívida do empreendimento da tenda, etc. reivindica o produto da Beneficência Sistemática neste Estado [Michigan].”
E em 29 de janeiro de 1861, Tiago White pôde relatar o seguinte da igreja de Battle Creek:
“Como resultado de cumprir estritamente o plano do Céu, há agora em nossa tesouraria (B. C.) 150 dólares à espera de algum objetivo plausível que realmente promova a causa da verdade.” — R&H, 29 de janeiro de 1861.
Apresentada Como o “Dízimo” em 1861
No mesmo mês em que se referiu à Beneficência Sistemática como o dízimo, ele escreveu:
“Propomos que os amigos dêem o dízimo ou a décima parte de sua renda, orçando essa renda em dez por cento do que possuem.” – Good Samaritan, no 5, janeiro de 1861.
Pouco depois disso, ele explicou melhor o plano:
“Nós nos referíamos apenas [na sua declaração publicada no Good Samaritan no 5] ao que as igrejas estão adotando em Michigan, isto é, eles consideram o uso de sua propriedade como equivalente a dinheiro a dez por cento. Estes dez por cento são por eles considerados como o lucro de sua propriedade. O dízimo disso seria um por cento, e corresponderia aproximadamente a 2 centavos por semana para cada cem dólares, que os nossos irmãos, por conveniência, são unânimes em pôr de parte. …
“Em seguida vêm as dádivas pessoais. Os rapazes que não têm propriedades ponham-se nobremente à altura neste ponto, e também as moças.” – Tiago White, R&H, 9 de abril de 1861, pág. 164.
Razões Para a Escolha da Expressão
“Beneficência Sistemática”
Conquanto a palavra “dízimo” não apareça muitas vezes nas apresentações dos planos para a beneficência sistemática, a documentação cabal denota que a principal e mais vigorosa fase deste plano baseou-se decisivamente no princípio do dízimo e que as medidas tomadas duas décadas mais tarde foram somente aprimoramentos e expansões do que se adotou em 1859. Eles não foram dois planos separados e distintos.
Por que a palavra “dízimo” não apareceu de modo mais saliente desde o começo? Quando os pioneiros passaram a fazer considerações sobre a organização, na década de 1850, isto sucedeu no âmbito da “ordem evangélica”. Eles olharam para o Novo Testamento como modelo. Encontraram-no, em grande parte, na designação dos sete diáconos, e não na designação dos 70 anciãos, por Moisés. Em 1854, a Sra. White iniciou o seu primeiro artigo completo sobre este assunto com estas palavras: “O Senhor tem mostrado que a ordem evangélica tem sido demasiado receada e negligenciada” (PE, 97).
Tiago White, em 1853, no seu primeiro apelo para que os adventistas observadores do sábado apoiassem financeiramente o ministério, apresentou-o sob o título “Ordem Evangélica”. Ele valeu-se do Novo Testamento para reforço. Declarações posteriores, que defendiam a continuação do dever de dar o dízimo além da cruz, insinuam que, a princípio, supunha-se geralmente que a responsabilidade do dízimo cessou com a morte de Cristo e, portanto, Malaquias 3 não impunha obrigações aos crentes de nosso tempo. (Ver artigo de J. N. Andrews, na R&H, 18 de maio de 1869.)
Em 1875, ao insistir na questão do dízimo de um décimo do aumento (ver 1TS, 373 e 374), Ellen White admitiu: “Alguns classificarão isto como uma das rigorosas leis a que os hebreus estavam obrigados.” – 1TS, 375. E, mais adiante, ela declara:
“O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho teria dado. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. Nosso Pai celeste não instituiu o plano da beneficência sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que o mesmo fosse uma grande bênção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava.” – 1TS, 385.
Por conseguinte, a força da argumentação em favor da manutenção da obra de Deus adveio, primeiramente, do Novo Testamento; mas, ao avaliar as obrigações dos crentes, utilizou-se o princípio do dízimo. Cumpre notar que, embora a beneficência sistemática adotada por nossos antepassados fosse mais ampla do que o dízimo, ela incorporava o dízimo.
Ellen G. White logo vinculou o dízimo à “Beneficência Sistemática”. Primeiro assegurou à Igreja em junho de 1859: “O plano da beneficência sistemática é agradável a Deus” (1T, 190). E, então, em janeiro de 1861, num artigo intitulado: “Beneficência Sistemática”, ela escreveu: “Não roubeis a Deus dEle retendo os vossos dízimos e ofertas.” O artigo terminava citando na íntegra Malaquias 3:8-11 (1T, 221 e 222).
As edições da Review and Herald, durante a década de 1860, continham dezenas de artigos que faziam alusão à beneficência sistemática, relatavam o êxito do plano e davam conselhos a respeito do seu funcionamento.
O Plano Exposto Novamente em 1864
Tiago White expôs novamente o plano em novembro de 1864 e, ao fazê-lo, ligou-o bem de perto ao dízimo:
“Requeria-se que os filhos de Israel dessem o dízimo, ou a décima parte, de todos os seus aumentos. … E não podemos supor que o Senhor requeira menos de Seu povo quando o tempo é enfaticamente breve, e uma grande obra deve ser realizada no uso de seus recursos para transmitir a última mensagem de misericórdia ao mundo. Diz o profeta: [citação de Malaquias 3:8-10.]
“Se o profeta Malaquias não está ensinando aí que se ponha em prática o sistema dizimal israelita, ele certamente está impondo um dever da mesma natureza, e suas palavras poderão impressionar-nos com toda a força e o princípio ser posto em prática pela obediência à linguagem de Paulo: ‘No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa,’ etc. Nosso Senhor declara: ‘Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.’
“Como podemos pôr em prática essas excelentes sugestões? Recomendamos o seguinte plano, que todos, com bem poucas exceções, podem adotar:
“Se os irmãos derem o dízimo, ou a décima parte, de sua renda, orçando sua renda em dez por cento do que possuem, isso equivalerá a cerca de dois centavos de dólar por semana sobre cada 100 dólares de propriedade. Além disso, que todos os que puderem fazê-lo, dêem um donativo para cada semana, mais ou menos, de acordo com sua capacidade. Isto é necessário para incluir os que possuem apenas uma pequena ou nenhuma propriedade, mas têm aptidão para ganhar algo, e devem dar uma parte de seus rendimentos. Conquanto algumas viúvas, ou pessoas idosas e enfermas devam ser dispensadas [da contribuição pessoal], os jovens e as pessoas ativas que têm apenas uma pequena ou nenhuma propriedade, devem pôr de parte um generoso donativo pessoal semanal. …
“Aqueles cuja renda é maior do que dez por cento de sua propriedade podem pagar uma proporção mais elevada de seus rendimentos. O dízimo, ou a décima parte, do seu aumento é apenas e exatamente um décimo do seu aumento patrimonial. Se um irmão ou uma irmã teve, durante 1864, um aumento patrimonial de 1000 dólares, o dízimo seria de apenas 100 dólares.”—R&H, 29 de novembro de 1864.
Um Plano com Alguns Defeitos
No sistema dizimal, assim como em diversos outros aspectos da verdade que passaram a fazer parte da doutrina adventista fundamental, nossos pioneiros não discerniram toda a sua beleza e perfeição desde o começo. Eles procuravam encontrar um sistema financeiro que se harmonizasse com a Ordem Evangélica. O Senhor os guiou de acordo com o que podiam ver, aceitar e seguir do desdobramento da verdade baseada na Bíblia. Houve um desenvolvimento gradual, tanto na base para determinar as obrigações dos crentes como no uso exato que deveria ser dado a essa fonte de renda do evangelho. A grande necessidade era o sustento do ministério, e os fundos produzidos pela beneficência sistemática, que incluía tanto os dízimos como as ofertas, iam quase que exclusivamente para o sustento ministerial. Exceto os empregados das casas publicadoras e, depois de 1866, os obreiros do sanatório, que obtinham o sustento das rendas dessas instituições, todos estavam nos setores ministeriais.
Houve muitas referências à beneficência sistemática e ao dízimo durante a parte final da década de 1860 e na década de 1870. Ellen White, no Testemunho no 24, escrito em 1874 e publicado em janeiro de 1855, dedicou 28 páginas a “Dízimos e Ofertas”, seguidas de cinco páginas sob o título de “Beneficência Sistemática”. (3T, 381- 413.)
Em 1876, os dirigentes tiveram a convicção de que havia defeitos no plano, especialmente na maneira pela qual era calculado o dízimo. O trecho que segue provém de uma assembléia especial da Associação Geral realizada no começo daquele ano:
“Então, foram feitas observações pelo Irmão Canright, sobre o assunto da Beneficência Sistemática. Tomando como base certos fatos bem determinados, ele mostrou que se todos correspondessem ao plano bíblico da B. S., o montante em nossas fileiras atingiria o total de 150.000 dólares anuais, em lugar de cerca de 40.000 dólares atuais. O Senhor diz: ‘Trazei todos os dízimos à casa do tesouro’, e enquanto isso não for feito, o Senhor não será ‘provado’ para vermos se Ele não derramará bênçãos sem medida. Em seguida, o Irmão White fez prolongadas e impressionantes comentários sobre o mesmo assunto.
“O Irmão Canright propôs as seguintes resoluções sobre o assunto da Beneficência Sistemática, que foram unanimemente adotadas pela assembléia e congregação:
“Resolvido: Que cremos ser o dever de todos os nossos irmãos e irmãs, quer estejam ligados a igrejas quer vivam sós, em condições comuns, dedicar um décimo de toda a sua renda, de qualquer fonte, à Causa de Deus. E mais:
“Resolvido: Que chamemos a atenção de todos os nossos pastores para o seu dever, nesta importante questão, de apresentá-la, clara e fielmente, a todos os seus irmãos, instando com eles para que correspondam aos requisitos do Senhor neste assunto.
“Proposto e aprovado que o presidente designe uma comissão de três pessoas, sendo ele mesmo um dos componentes dessa comissão, para preparar um panfleto sobre o assunto da beneficência sistemática. O presidente designou D. M. Canright e U. Smith para atuarem junto com ele nessa comissão.” Atas da Assembléia Especial da Associação Geral, publicadas na R&H, 6 de abril de 1876, pág. 108.
Por volta do ano 1878 fora efetuada uma modificação no plano de calcular a porcentagem da doação ou do dízimo, passando de aproximadamente um por cento ao ano da total avaliação da propriedade, para dez por cento da renda real. Verificou-se que o plano anterior era defeituoso. Num caso, segundo o plano antigo, o dízimo importou em 10 dólares por mês, ao passo que, sob o novo plano, de autênticos dez por cento da renda, o dízimo importou em 36 dólares por mês.
O Plano Aperfeiçoado Delineado Num Panfleto de 1878
De acordo com o voto da assembléia, o plano aperfeiçoado foi exposto aos crentes num panfleto que, significativamente, levava o título de Beneficência Sistemática ou o Plano Bíblico de Sustentar o Ministério. Ele era apenas um aprimoramento, com melhor maneira de calcular o dízimo e a apresentação sob o título familiar de “Beneficência Sistemática”. Lemos na declaração introdutória do panfleto:
“O assunto da Beneficência Sistemática tem estado sob consideração prática, pelos adventistas do sétimo dia, por um período de vinte anos ou mais. E não foram julgadas necessárias modificações substanciais do sistema adotado antes, até dois anos atrás. As razões para estas modificações são apresentadas nas páginas que seguem.
“‘Quanto devo dar para o sustento do evangelho?’ Depois de examinar cuidadosamente o assunto sob todos os aspectos, respondemos: ‘O dízimo de toda a nossa renda.’
“Isto não significa um décimo de nosso aumento patrimonial anual, depois de ser pago o custo do alimento e vestuário e de outras despesas, mas que nove partes de nossa renda devem cobrir todas essas despesas, ao passo que o dízimo de nossa renda é do Senhor, para ser sagradamente dedicado para o sustento do ministério. Consideramos o plano de nos comprometermos a dar anualmente uma importância equivalente a um por cento de nossas propriedades defeituoso em vários aspectos:
“1. Não é dado o dízimo de nossa renda. … Temos a convicção de que nosso povo tem roubado a Deus de mais da metade dos dízimos que são Seus, ao agir de acordo com o plano imperfeito de pagar à B. S. apenas a importância de um por cento ao ano sobre o valor de suas propriedades.
“2. As palavras de Paulo no tocante a este assunto – ‘conforme a sua prosperidade’ – estão em estrita harmonia com o sistema no Antigo Testamento, que reivindica um décimo de todas as rendas do povo do Senhor como Seu. Consideramos o seguinte compromisso apropriado e bíblico para ser assumido por todo o nosso povo:
“Prometemos solenemente, diante de Deus e uns aos outros, pagar conscienciosamente, ao tesoureiro da Beneficência Sistemática, o dízimo de toda a nossa renda, para ser guardado, quando recebido, e pago no primeiro domingo de cada um dos quatro trimestres do ano; isto é, no primeiro domingo de janeiro, no primeiro domingo de abril, no primeiro domingo de julho e no primeiro domingo de outubro.
“3. Pelo plano defeituoso, os que tinham pequena ou nenhuma propriedade, tendo no entanto considerável renda, em alguns casos roubavam o Senhor de quase todos os dízimos de suas rendas reais. Pelo plano bíblico, um dólar de cada dez que são ganhos é assegurado para a Causa do Senhor. Só isso fará uma diferença de muitos milhares de dólares a serem lançados no tesouro do Senhor, para o sustento da Causa de Deus.
“E não podemos ver por que razão as nossas instituições, como casas publicadoras, escolas, sanatórios e associações estaduais não devam colocar no tesouro do Senhor o dízimo de toda a sua renda. Elas são devedoras ao Senhor e Seus servos por sua existência e prosperidade. Como recebem o amparo da Associação Geral, seus dízimos devem ser colocados na tesouraria da Associação Geral. A quantia anual a ser coletada, só de nossas instituições em Battle Creek, não seria inferior a 4.000 dólares, certamente uma quantia considerável a ser lançada numa tesouraria que não somente está vazia, mas na realidade, em dívida. E se nossas associações estaduais também pagarem o dízimo de sua renda à tesouraria da Associação Geral, será suprida uma necessidade que há muito tempo vem sendo notada.” – Declaração preparada pela comissão designada na assembléia da Associação Geral, 2-13 de outubro de 1878, formada pelas seguintes pessoas: Tiago White, D. M. Canright, S. N. Haskell, J. N. Andrews e Uriah Smith. Beneficência Sistemática; ou o Plano Bíblico de Sustento do Ministério.
O Desenvolvimento da Noção do Uso Correto do Dízimo
Não só houve um desenvolvimento na compreensão do que constituía um dízimo correto, mas também um desenvolvimento na compreensão do uso que lhe devia ser dado. O feitio da história nesta questão é semelhante ao de outros desenvolvimentos entre nós. O Senhor não especificou todos os pormenores, bem no começo, por meio de uma visão a Ellen White. Ele preferiu conduzir os nossos antepassados às Escrituras — primeiro ao Novo Testamento e, então, ao Antigo Testamento — como a base de um sistema financeiro para a Igreja.
Quando o plano das finanças evangélicas foi adotado no fim da década de 1850, os setores do trabalho da Igreja eram limitados. Havia os que se empenhavam nas atividades ministeriais e havia a obra de publicações. Esta última era mantida pela venda de literatura e por dádivas voluntárias.
Quando a obra do sanatório começou em 1866, formou-se uma sociedade anônima, e no começo parecia que o interesse deste empreendimento seria ganhar dinheiro, não produzindo menos de dez por cento de lucro sobre o investimento. A obra médica, embora não tão lucrativa como a princípio parecia que haveria de ser, não foi o recipiente da beneficência sistemática.
A escola também não olhou para essa fonte financeira quando nossa obra educacional foi iniciada no começo da década de 1870. As três primeiras tentativas, bem cedo, quanto à obra da escola da Igreja, ocorreram antes do tempo da época da beneficência sistemática, e elas volveram o olhar para a taxa escolar em busca de sustento. Foi isto que aconteceu também com a escola que Bell iniciou em Battle Creek, no fim da década de 1860. A escola fundada em Battle Creek, em 1872, com o apoio da Associação Geral, funcionava com base na cobrança da taxa escolar. A única escola em funcionamento antes das resoluções de 1878, reorganizando a beneficência sistemática, era o Colégio de Battle Creek. Foi somente em 1882 que o Colégio Headsburg e a Academia South Lancaster foram estabelecidos, e não há indícios de que eles, de algum modo, tenham recorrido à beneficência sistemática ou aos fundos provenientes do dízimo. Com efeito, os reclamos dos setores ministeriais da obra exerceram forte pressão sobre os recursos da beneficência sistemática, como mostram os registros.
Nenhuma Segregação de Fundos
Os fundos da beneficência sistemática providos para a Causa não eram divididos pelos doadores ou pelas igrejas locais em fundos estritamente de dízimo e fundos não de dízimo (ofertas), nem eram separados de algum modo nos livros de contabilidade das associações ou da Associação Geral. Os conselhos do Espírito de Profecia recomendam com freqüência que haja fidelidade, para que o “tesouro seja constantemente reabastecido”, mas antes de 1880, as instruções não delineiam precisamente como os fundos da beneficência sistemática devem ser usados, nem impõem as restrições apresentadas em anos posteriores.
Na Review de 29 de novembro de 1864, Tiago White defende vigorosamente que todos os fundos da beneficência sistemática sejam colocados nas tesourarias locais ou na tesouraria da Associação Geral, “para manter a proclamação da mensagem do terceiro anjo”.
Ele assevera: “Este era o desígnio original para o nosso plano de beneficência, e consideramos um erro muito grave afastar-se dele de algum modo.” Reconhecia, porém, que havia exceções e que uma parte desses fundos poderia ser usada localmente, de maneira correta, para outras despesas além do sustento do ministério:
“As igrejas que têm de construir casas de culto e cobrir as despesas de iluminação, combustível, etc., e não conseguem corresponder aos números de nossa ilustração da beneficência sistemática em adição a isso, poderão, na sua reunião anual, apropriar-se, por voto, de uma porcentagem de todos os seus fundos da beneficência sistemática para tais finalidades que acharem corretas. Supomos, porém, que os casos em que semelhante procedimento se torne necessário sejam muito raros.” R&H, 29 de novembro de 1864.
Com as reconsiderações, em 1878, e a adoção do plano de calcular o dízimo sobre a “renda total”, as tesourarias ficaram mais bem providas e os usos em que deveriam ser aplicados os fundos da beneficência sistemática tornaram-se assunto de estudo e discussão.
A Declaração de Ellen White em 1879
Perto do fim de 1879, Ellen White redigiu o artigo sobre “A Santidade dos Votos”, que agora se encontra em Testimonies, vol. 4, págs. 462-476 (Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 541-553). Nesse artigo, ela faz diversas referências a “dízimos e ofertas liberais” como meio de sustentar vários aspectos da obra da Igreja.
1. Instituições
“O egoísmo e a fraude são diariamente praticados na igreja no reter de Deus aquilo que Ele reclama, roubando-O assim, e entravando Suas disposições para difundir a luz e o conhecimento da verdade pela extensão e largura da Terra.
“Em Seus sábios planos, Deus fez com que o progresso de Sua obra fosse dependente dos esforços pessoais de Seu povo, e de suas ofertas voluntárias. Aceitando a cooperação do homem no grande plano da salvação, conferiu-lhe insigne honra. O ministro não pode pregar a menos que seja enviado. A obra de comunicar a luz não depende unicamente do ministro. Toda pessoa, ao tornar-se membro da Igreja, compromete-se a ser representante de Cristo mediante o viver a verdade que professa. Os seguidores de Cristo devem levar avante a obra que Ele lhes deixou a fazer quando ascendeu ao Céu.
“Importa que se apóiem as instituições que são instrumentos de Deus no promover Sua obra na Terra. Devem-se erigir igrejas, estabelecer escolas, e aparelhar as casas editoras com os meios necessários à realização de uma grande obra na publicação da verdade a ser propagada por todas as partes do mundo. Essas instituições são ordenadas por Deus, e devem ser mantidas com dízimos e ofertas liberais. À medida que a obra se dilata, necessitar-se-ão de meios para que ela avance em todos os seus ramos. Os que se converteram à verdade e se fizeram participantes de Sua graça, podem tornar-se coobreiros de Cristo mediante sacrifícios e ofertas a Ele feitos voluntariamente. E quando os membros da Igreja desejam, em seu coração, que não haja mais pedidos de meios, estão virtualmente dizendo que ficam satisfeitos com a falta de progresso da causa de Deus.” – 4T, 464 (1TS, 542, 543).
“O plano da beneficência sistemática foi uma provisão ordenada por Deus, mas o fiel pagamento de Suas reivindicações muitas vezes é recusado ou adiado, como se solenes promessas não tivessem importância. É porque os membros da Igreja deixam de pagar seus dízimos e de cumprir seus compromissos que nossas instituições não estão livres de dificuldades financeiras. Se todos, ricos e pobres, trouxessem seus dízimos à casa do tesouro, haveria suficiente provisão de recursos para livrar a Causa de dificuldades financeiras e nobremente levar avante a obra missionária em seus vários departamentos. Deus requer que aqueles que crêem na verdade Lhe entreguem o que é Seu.” – 4T, 475, 476.
2. O Ministério Evangélico e a Página Impressa
“Ao comissionar os discípulos a irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda criatura”, Cristo designou aos homens a obra de propagarem o evangelho. Enquanto, porém, alguns vão a pregar, Ele pede a outros que Lhe atendam às reivindicações quanto aos dízimos e ofertas com que se possa sustentar o ministério e disseminar a verdade impressa pela Terra inteira. Isto é o meio pelo qual Deus quer exaltar o homem. É justamente a obra de que Ele necessita; pois moverá as mais profundas simpatias de seu coração, chamando à ação as mais elevadas faculdades do espírito.” – 4T, 472 (3TS, 551, 552).
Que Proporção da Renda e das Posses
Nesse mesmo artigo, ao tratar dos reclamos sobre Israel para beneficência, Ellen White escreveu:
“Segundo a importância concedida, será a soma requerida. Quanto maior o capital confiado, tanto maior a dádiva que Deus requer Lhe seja devolvida. Caso um cristão possua dez ou vinte mil dólares, os direitos de Deus sobre ele são imperativos no sentido de dar, não somente a proporção relativa ao sistema dizimal, mas de apresentar-Lhe as ofertas pelo pecado e as ofertas de gratidão.
“A dispensação levítica foi distinguida de maneira notável pela santificação da propriedade. Quando falamos do dízimo como a norma de contribuição dos judeus para fins religiosos, não falamos com compreensão. O Senhor colocava Seus direitos como o primeiro dever, e em quase todos os artigos era-lhes lembrado o Doador mediante o preceito de fazer-Lhe doações. Exigia-se-lhes que pagassem o resgate dos primogênitos, das primícias dos rebanhos e das colheitas. Cumpria-lhes deixar os cantos de suas searas para os destituídos de bens. Qualquer coisa que lhes caísse das mãos ao fazerem a sega, era deixado para os pobres, e a cada sete anos, as terras deviam ser deixadas livres, ficando para os necessitados o que elas produzissem espontaneamente. Além disso havia as ofertas sacrificais, ofertas por ofensas, ofertas pelo pecado, e a remissão, a cada sete anos, de todas as dívidas. Havia também numerosas despesas com hospitalidades e dádivas aos pobres, e havia impostos sobre suas propriedades.
“A determinados períodos, a fim de conservar a integridade da lei, o povo era entrevistado quanto a sua fidelidade no cumprimento dos votos que haviam feito. Uma conscienciosa minoria devolvia a Deus cerca de um terço de toda a sua renda para benefício dos interesses religiosos e dos pobres. Essas exigências não se limitavam a uma classe particular do povo, tocavam a todos, sendo proporcionais às posses da pessoa. Além de todos esses donativos sistemáticos e regulares, havia objetivos especiais que pediam ofertas voluntárias, como para o tabernáculo construído no deserto, e o templo erigido em Jerusalém. Esses saques eram feitos por Deus sobre o povo, ao mesmo tempo que para manutenção de Seu serviço, para o próprio bem deles.” – 4T, 467, 468 (1TS, 545, 546).
Nossa Obra Necessita Dez Vezes Mais
“Devemos fazer ao Senhor a primeira doação de todas as nossas receitas. No sistema de beneficência ordenado aos judeus, ou deles se exigia que levassem ao Senhor as primícias de todas as suas dádivas, fosse aumento de seus rebanhos e manadas como no produto dos campos, pomares ou vinhedos, ou deveriam eles redimi-las, dando em substituição o equivalente. Quão diversa é a ordem de coisas nos nossos dias! As reivindicações e reclamos do Senhor são deixados para o fim, se é que recebem alguma atenção. No entanto, nossa obra necessita de dez vezes mais meios agora do que necessitavam os judeus. A grande comissão dada aos apóstolos foi a de irem a todo o mundo pregar o evangelho. Mostra isso a extensão da obra, e a crescente responsabilidade que repousa sobre os seguidores de Cristo, nos nossos dias. Se a lei exigia dízimos e ofertas milhares de anos atrás, quão mais necessários são eles agora! Se ricos e pobres deviam dar uma importância proporcional a sua prosperidade, na economia judaica, isso, agora, é duplamente indispensável.
“A maioria dos cristãos professos partilha seus recursos com grande relutância. Muitos deles não dão a vigésima parte de sua renda para Deus, e muitos dão muito menos do isso; ao passo que há uma grande classe de pessoas que roubam a Deus do pequeno dízimo e outros que apenas dão o dízimo. Se todos os dízimos de nosso povo fluíssem para o tesouro do Senhor como deveriam, seriam recebidas tais bênçãos que as dádivas e ofertas para finalidades sagradas se multiplicariam dez vezes, e assim o conduto entre Deus e o homem permaneceria aberto. Os seguidores de Cristo não devem esperar que emocionantes apelos missionários os despertem para a ação. Se estiverem espiritualmente despertos, ouvirão na renda de cada semana, quer seja muita ou pouca, a voz de Deus e da consciência, requerendo com autoridade os dízimos e as ofertas devidos ao Senhor.” – 4T, 474.
Por volta de 1880, o conceito geral era que os fundos provenientes do dízimo deviam ser dedicados exclusivamente, ou quase assim, para o sustento do ministério evangélico. Notem isto de Tiago White:
“O dízimo é do Senhor – desde a queda do homem tem sido necessário que haja homens inteiramente dedicados ao serviço de Deus. Parece que desde o princípio o Senhor ensinou Seu povo a dedicar um décimo para o sustento de Seus ministros.” – R&H, 15 de janeiro de 1880.
Em 1880, algumas igrejas locais devem ter-se valido de fundos do dízimo para cobrir suas despesas. Pelo menos, é o que se deduz de um voto tomado em 6 de outubro, na assembléia da Associação Geral.
“Resolvido: que nenhuma igreja deve dedicar alguma parte do dízimo para a construção ou o reparo de seu templo, sem o livre consentimento da Comissão da Associação estadual.” – R&H, 14 de outubro de 1880.
A Igreja estava agindo com cuidado. Embora o conceito geral fosse que os recursos do dízimo deviam ser reservados para o ministério evangélico, os reclamos de uma obra em desenvolvimento e maior quantidade de recursos disponíveis conduziram a uma atitude mais liberal, que também era defendida pelo presidente da Associação Geral. George I. Butler escreveu um panfleto que não continha a data de sua publicação, mas as evidências indicam que isso deve ter ocorrido em 1884:
“Antes de 1878, procuramos executar um plano denominado ‘Beneficência Sistemática’. Cada pessoa avaliava o preço de sua propriedade, e dez por cento desse valor era orçado como sua renda; então, a décima parte desta última era o dízimo que ela devia pagar sobre sua propriedade. Além disso, havia donativos pessoais, semanais. Isto era, como seu nome indica, beneficência sistemática; mas estava longe de ser a mesma coisa que o dízimo bíblico. O dízimo de modo algum é beneficência. Ele não nos pertence para ser dado por nós; mas é do Senhor durante todo esse tempo.
“A questão do dízimo foi apresentada à Associação Geral em outubro de 1878, e nomeou-se uma comissão de cinco [três] pessoas para preparar uma obra sobre este assunto. Nosso povo, em geral, aceitou então teoricamente o princípio do dízimo e, até certo ponto, o tem posto em prática desde esse tempo.” – The Tithing System, pág. 69.
Nas páginas 71 e 72, o Pastor Butler trata do uso do dízimo: “As questões na Causa estão assumindo um novo aspecto. Cada vez mais, chegam novos reclamos, no setor dos obreiros, e certamente chegou o tempo de sermos honestos para com Deus, dando a Ele o que Lhe pertence.” Então, ao salientar o que tornava isso necessário, ele fez esta declaração:
“Até alguns anos atrás, o dízimo era quase que inteiramente usado para o sustento de ministros do evangelho – os que pregam do púlpito. De algum modo, universalmente parecia ser compreendido que outros não tinham direito a alguma parte do dízimo. Mais recentemente, porém, tornou-se costumeiro pagar os secretários de nossas Sociedades de Publicações e Missionárias estaduais com o dízimo, e nossas comissões revisoras ajustaram com eles o mesmo que com os ministros. Em muitos casos, efetuar isso tem requerido considerável argumentação.
“No último ano, ou nos dois últimos anos, outra classe também tem estado labutando na Causa, e surgiu a pergunta: ‘Como eles serão pagos?’ Referimo-nos aos colportores e obreiros missionários de diferentes espécies, labutando no campo ou em missões urbanas. Estes, em muitos casos, têm sido pagos com o dízimo. Em diversas situações, porém, isso tem exercido forte pressão sobre o tesouro, e em alguns casos o ministério não tem obtido razoável sustento por esse motivo. A questão tem-se destacado de maneira tão incisiva que precisa ser enfrentada e resolvida.
“Muitos podem trabalhar tão eficientemente na obra missionária como colportores e obreiros, como os que pregam do púlpito. Muitos, sem dúvida, irão colportar e ganhar o suficiente para viver com os lucros sobre as vendas, mas há muitos outros que não podem ser sustentados dessa maneira, e cujos trabalhos são necessários para transmitir a verdade. Como serão mantidos?
“Depois de ponderar sobre o assunto, resolvemos a questão em nossa própria mente. Cremos que o dízimo é designado por Deus para o sustento, até onde for possível, de todos os obreiros que são chamados pela Causa do Senhor para dedicar seu tempo a esta obra. Não conhecemos outro sistema especial com esta finalidade.” – G. I. Butler, Examination of the Tithing System From a Bible Standpoint, págs. 71 e 72.
Notem que os professores da escola da Igreja não são mencionados. Nesse tempo não tínhamos um programa educacional organizado.
Até que ponto as opiniões expressas pelo Pastor Butler podem ter sido incorporadas aos regulamentos da Igreja é uma questão que poderia ser investigada.
Houve considerações sobre o uso mais amplo do dízimo na Comissão da Associação Geral, em 13 de outubro de 1896, na Assembléia Outonal. Citamos alguns trechos das Atas:
“O Pastor Breed pediu orientação sobre o conselho que devia ser dado às igrejas a respeito do uso do dízimo para pagar dívidas e despesas de igreja. Foi mostrado que, embora nossas igrejas, em geral, tivessem o costume de manter o seu dízimo no conduto regular – o sustento do evangelho – em alguns casos, especialmente entre duas ou três das maiores igrejas da denominação, a prática usual, a esse respeito, não estava sendo seguida. Os membros da comissão expressaram o seu pesar por semelhante situação, e sugeriram que fossem tomadas medidas para corrigi-la o mais depressa possível.” – Comissão da Associação Geral, 13 de outubro de 1896.
O relato torna claro que em meados da década de 1890, o Senhor, por intermédio de Sua mensageira, deu instruções específicas, requerendo uma praxe rigorosa quanto ao emprego do dízimo. Isto sucedeu numa comunicação escrita de Cooranbong, Nova Gales, em 14 de março de 1897. Ela foi publicada pela Associação Geral num panfleto de 39 páginas, em 21 de maio de 1897:
“Tenho recebido cartas de Oakland e Battle Creek, pedindo informações sobre a distribuição que é feita do dízimo. Os escritores supunham estar autorizados a usar o dinheiro do dízimo para cobrir as despesas da igreja, pois essas despesas eram muito pesadas. Pelo que me foi mostrado, o dízimo não deve ser retirado do tesouro. Todo centavo desse dinheiro é um sagrado pecúlio do Senhor, para ser destinado a um uso especial.
“Houve um tempo em que era efetuado bem pouco trabalho missionário, e o dízimo se acumulava. Em alguns casos, o dízimo foi usado para finalidades similares às que agora são sugeridas. Quando o povo do Senhor se sentiu impelido a realizar trabalho missionário na pátria e nas missões estrangeiras, e a enviar missionários a todas as partes do mundo, os que manejavam interesses sagrados deveriam ter tido claro e santificado discernimento para compreender como os recursos deviam ser utilizados. Quando eles vêem pastores labutando sem dinheiro para sustentá-los, e o tesouro está vazio, então esse tesouro deve ser rigorosamente guardado. Nenhum centavo deve ser retirado dele. Os pastores têm tanto direito ao seu salário como os obreiros empregados no escritório da Review and Herald e os funcionários da Casa Publicadora Pacific Press. Tem sido praticado um grande roubo nos escassos salários pagos a alguns dos obreiros. Se eles dedicam seu tempo, pensamento e trabalho ao serviço de Mestre, devem receber salário suficiente para prover alimento e vestuário à família.
“A luz que o Senhor me tem concedido sobre este assunto é que os recursos na tesouraria para sustento dos ministros nos diversos setores não deve ser usado para qualquer outra finalidade. Se foi pago um dízimo honesto, e o dinheiro que entrou na tesouraria foi cuidadosamente guardado, os ministros receberão um salário justo. … O ministro que trabalha deve ser sustentado. Apesar disso, porém, os que exercem funções oficiais nesta obra acham que não há dinheiro na tesouraria para pagar esse ministro. Eles estão retirando o dízimo para outras despesas – para suprir as necessidades da casa de culto ou para alguma caridade. Deus não é glorificado em alguma obra dessa natureza. … Devem ser trazidas dádivas e ofertas pelas pessoas que têm o privilégio de possuir casas de culto. … Seja efetuado trabalho de casa em casa, apresentando às famílias em Battle Creek e Oakland o seu dever de desempenhar uma parte para cobrir essas despesas, que podem ser chamadas de comuns ou seculares, mas não se roube o tesouro.” – Special Testimonies to Ministers and Workers, págs. 16-19.
Embora tornasse claro que igrejas bem estabelecidas, como as de Oakland e Battle Creek, não deviam usar os recursos do dízimo para despesas de igrejas, Ellen White, ao mesmo tempo (em 1897), reconheceu que havia circunstâncias em que tais recursos podiam ser usados para edifícios de igrejas:
“Há casos excepcionais, em que a pobreza é tão profunda que para conseguir o mais humilde lugar de culto, talvez seja necessário fazer uso dos dízimos. Tal lugar não é, porém, Battle Creek nem Oakland. Considerem — os que se reúnem para adorar a Deus — a abnegação e o espírito de sacrifício de Jesus Cristo. Que os irmãos que professam ser filhos de Deus estudem como podem negar-se a si mesmos, como podem desfazer-se de alguns dos seus ídolos e economizar cuidadosamente em cada aspecto. Em cada casa deve haver uma caixa para a colocação de recursos que sejam usados para as necessidades da igreja. …
“Aqueles a quem são confiadas responsabilidades não devem permitir que o tesouro que Deus designou para o sustento dos ministros, no campo de atividade, seja roubado para cobrir as despesas em que se incorreu para manter em ordem e tornar confortável a casa de Deus. Milhares de milhares de dólares têm sido tirados dos dízimos e usados para essas finalidades. Isto não é como deveria ser. As dádivas e ofertas que custaram alguma abnegação devem ser trazidas à tesouraria. Convém que em toda localidade na qual exista uma igreja, seja criado um fundo separado, com a finalidade de pagar as despesas de que cada membro da igreja deve participar, de acordo com a sua capacidade.” – Ms 24, 1897.
Esta mensagem conduziu a uma troca de correspondência. C. H. Jones, de Oakland, escreveu imediatamente ao Pastor White, dizendo que a igreja de Oakland não estava usando o dinheiro do dízimo para pagar as despesas da igreja, e a Sra. White respondeu em 27 de maio de 1897, escrevendo minuciosamente, manifestando aprovação e salientando outra vez a importância de reservar os recursos do dízimo para a finalidade específica a que ele se destina. Ela declarou: “Se houver um excedente de recursos na tesouraria, há muitos lugares em que ele poderá ser usado estritamente da maneira designada” (Carta 81, 1897).
No ano seguinte, Ellen White reafirmou esse ponto de um modo que afasta toda dúvida: “Os ministros de Deus são Seus pastores, designados por Ele para apascentar o Seu rebanho. O dízimo é Sua provisão para o seu sustento, e Ele quer que seja considerado sagrado para essa finalidade.” – Ms 139, 1898.
Seis anos mais tarde, ela salientou novamente este ponto: “O dízimo deve ser usado para uma só finalidade: sustentar os ministros a quem o Senhor designou para realizarem Sua obra. Deve ser usado para manter os que proferem as palavras de vida para as pessoas e assumem o encargo de cuidar do rebanho de Deus. …
“A impressão de que a natureza sagrada do dízimo deixou de existir, está se tornando comum. Muitos perderam o senso dos requisitos do Senhor.” – Ms 82, 1904.
Mudando a Aplicação dos Recursos Provenientes do Dízimo
Em muitas de suas declarações posteriores, acerca do uso do dízimo, Ellen White menciona como os recursos têm sido desviados para setores diferentes daquele para o qual o dízimo foi dedicado, isto é, o sustento do ministério.
Ao examinar os antigos registros, verificamos que em 4 de maio de 1898, a Comissão da Associação Geral, numa reunião a que compareceram os Pastores Irwin, Jones, Evans e Moon, foi persuadida pelo Dr. J. H. Kellogg a permitir que o dízimo pago pelos funcionários do sanatório fosse dedicado, sob a direção da Associação Médico-Missionária, para sustentar obreiros e enfermeiros habilitados, a fim de transmitir a luz dos princípios da reforma de saúde às diversas associações, para a educação desta denominação. Não está bem claro se os recursos do dízimo iriam diretamente do sanatório para o campo, ou se o dízimo deveria ser pago à Associação Geral e esta faria uma vira-volta, provendo igual quantia para esse tipo de trabalho.
Em 27 de março de 1900, um relatório da Associação Médico-Missionária e Beneficente, para a Comissão da Associação Geral, forneceu “um relato das entradas e dos desembolsos dos dízimos da família do sanatório, de 25 de maio de 1898 a 31 de dezembro de 1899”. Junto havia uma cópia do voto autorizador de 4 de maio de 1898.
Em 4 de abril de 1900, surgiu a questão acerca do procedimento aprovado em 4 de maio de 1898, e foi designada uma comissão que trouxesse uma recomendação sobre o rumo a ser seguido. A comissão apresentou o seu relatório em 6 de abril de 1900, assumindo a posição de que “eles não se sentiam livres para fazer uma recomendação definitiva nessa ocasião”. E o curioso é que “a comissão, de comum acordo, julgou prudente, por ora, dar o assunto por encerrado”. Evidentemente, eles não estavam preparados para entrar em atrito com o Dr. Kellogg por causa disso.
Há um relato indicando que, quando o Irmão Semmens foi enviado à Austrália, como obreiro médico-missionário, parte do seu sustento veio do dízimo provido pela família do Sanatório de Battle Creek.
Entretanto, o sentimento comumente refletido em diversos documentos denota que a compreensão da Igreja era que o dízimo fora reservado especialmente para o ministério.
Antigo Voto da Comissão da A. G. Sobre Recursos do Dízimo Para Construções de Igrejas
Em sua reunião do dia 28 de dezembro de 1899, a que compareceram O. A. Olsen, W. C. White, R. M. Kilgore, E. W. Farnsworth e A. T. Jones, a Comissão da Associação Geral tomou este voto:
“Foi lida uma carta da Irmã Gillett, de Graysville, Tennessee, pedindo permissão para eles reterem os seus dízimos por um ano, a fim de ajudar na construção de uma casa de culto.
“Foi proposto e votado que o consenso desta comissão é que de modo algum apoiemos a retenção de dízimos para tais finalidades.
“Segundo, que prometamos para os irmãos em Graysville um donativo para ajudar na construção de uma casa de culto.” – Atas da Comissão da A. G., 28 de dezembro de 1889.
O Dizimo Para os Que Trabalham na Palavra e na Doutrina
Perto do fim da década de 1890, Ellen White, em diversas ocasiões, falou sobre a remuneração de mulheres na obra evangelística, quer no sagrado púlpito, ou levando a mensagem de porta em porta:
“Grande é a obra a ser feita no mundo, e todo talento deve ser empregado em harmonia com os retos princípios. Se uma mulher for designada pelo Senhor para fazer determinada obra, seu trabalho deve ser estimado segundo o seu valor. Todo o que trabalha deve receber o que lhe é devido, seja homem, seja mulher. …
“Os que trabalham diligente e abnegadamente, sejam eles homens ou mulheres, trazem molhos para o Mestre; e as almas convertidas por seus labores trarão seus dízimos ao tesouro.” – Ev, 491, 492.
No ano seguinte, ela escreveu: “O dízimo deve ser para os que trabalham na palavra e na doutrina, sejam eles homens ou mulheres.” – Ev, 492.
Quando o volume 6 dos Testemunhos Para a Igreja (em inglês) saiu do prelo, perto do fim de 1900, ele continha fortes apelos para expansão da obra e a necessidade de que isso fosse sustentado pelo dízimo. No capítulo “A Direção e as Finanças da Escola”, ela declarou:
“Nossas Associações olham para as escolas em busca de obreiros educados e bem preparados, e deviam dar a essas escolas um apoio mais caloroso e inteligente. Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Estas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido aqui e ali repetidas.” – 2TS, 473.
Um capítulo inteiro, intitulado: “Dar a Deus o Que Lhe Pertence”, foi dedicado ao dízimo e às ofertas, salientando vigorosamente nossa responsabilidade em sustentar com o dízimo os que transmitem a mensagem de salvação ao mundo:
“[Deus] deposita Seus tesouros nas mãos dos homens, porém requer deles que separem fielmente a décima parte para a Sua obra. Ordena que essa porção seja recolhida à casa do Seu tesouro, e a Ele entregue como propriedade Sua. Ela é sagrada e deve ser usada para fins santos, para o sustento dos que levam a mensagem de salvação ao mundo. Deus Se reserva essa parte para que não faltem recursos em Sua casa, e a luz da verdade possa ser levada a todos os que estão distantes e os que estão perto. Pela obediência escrupulosa dessa ordem, reconhecemos que todas as coisas pertencem ao Senhor. …
“Deus, pondo a mão sobre as propriedades dos homens, lhes diz: ‘Sou Senhor de todo o Universo, e esses bens são Meus. O dízimo que retivestes, Eu o reservei para sustento de Meus servos no seu trabalho de abrir as Escrituras aos que habitam nas regiões das trevas e aos que não entendem a Minha lei. Empregando o Meu fundo de reserva para satisfazer vossos próprios desejos, roubastes às almas a luz que Eu lhes destinei. Dei-vos uma oportunidade, mas vós a rejeitastes. Tendes-Me roubado a Mim, subtraindo as Minhas reservas. Por isto, ‘com maldição sois amaldiçoados’ (Mal. 3:9).’” – 6T, 386, 387 (3TS, 37, 38).
E no seu apelo por “Ajuda Para os Campos Missionários”, ela especificou que o dízimo deve ser usado na obra missionária:
“Todo converso à verdade deve ser instruído no tocante às reivindicações do Senhor por dízimos e ofertas. Ao se erigirem igrejas, esta obra precisa ser assumida decididamente e levada avante no espírito de Cristo. Tudo o que os homens desfrutam é por eles recebido da grande firma do Senhor, e Ele Se deleita em que Sua herança desfrute os Seus bens; mas todos os que estão sob o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel devem reconhecer sua dependência de Deus e sua responsabilidade para com Ele, devolvendo ao tesouro certa porção do que Lhe pertence. Essa parte deve ser empregada na obra missionária, em cumprimento da comissão que o Filho de Deus confiou a Seus discípulos.” – 6 T, 447.
A década que antecedeu a publicação de Testimonies, vol. 6, assinalara uma importante expansão em nossa obra educacional. Foram inaugurados colégios em Lincoln, Nebraska; Walla Walla, Washington; e Cooranbong, Austrália. É no volume 6 que encontramos a primeira declaração bem clara e definida a respeito de pagar professores de Bíblia com o dízimo:
“O que houver de melhor no talento ministerial deve ser usado no ensino da Bíblia em nossas escolas. Os que são escolhidos para essa obra precisam ser acurados estudantes da Bíblia, e possuidores de profunda experiência cristã, sendo seu salário pago do fundo do dízimo.” – 6T, 134, 135 (2TS, 415).
Continuaria sendo dada ênfase à fiel mordomia de cada membro da Igreja:
“Se todos devolvessem fielmente seus dízimos e devotassem ao Senhor as primícias de seus proventos, não escasseariam os fundos para a Sua obra. Mas a lei de Deus deixou de ser respeitada ou obedecida, e daí a premente necessidade que a caracteriza.” – 6T, 385 (3TS, 36).
O fator do cuidado que se deve ter no emprego do dízimo tornou-se mais proeminente, e se intensificaria na década seguinte, de expansão sem precedente na obra da Igreja.
Agora as ofertas da Escola Sabatina estavam sendo arrecadadas de maneira regular. A primeira ocorreu em 1878 – o ano da revisão do plano dizimal – e foi usada para despesas da escola sabatina local. Em 1885, as escolas sabatinas deram os seus primeiros donativos para as missões. Em 1889 e 1890, as escolas sabatinas proveram recursos para construir o Pitcairn. Por volta de 1904, a maior parte das ofertas da Escola Sabatina ia para as missões estrangeiras.
O Dízimo e a Manutenção da Escola
Foi nessa conjuntura, na virada do século, que empreendemos com seriedade a obra educacional de nossa Igreja. Houve diversas sugestões a respeito de como devia ser sustentado este ramo da obra. Em 29 de julho de 1901, Ellen White escreveu:
“O Senhor deseja que as igrejas, em todo lugar, assumam mais diligentemente a obra educacional da Igreja, dando com liberalidade para sustentar os professores. Tem sido feita a pergunta: ‘O segundo dízimo não poderia ser usado para manter a obra da escola da Igreja?’ Ele não poderia ser utilizado com melhor finalidade do que esta.” – Ms 67, 1901.
Em 29 de outubro de 1901, a Comissão da Associação Geral tomou um voto sobre o segundo dízimo, determinando que certos fundos do segundo dízimo fossem devolvidos à União-Associação do Pacífico, mas sem especificar o seu uso.
Por volta de 1904, quando houve a inauguração da Academia de San Fernando, foi proposto que a escola fosse mantida com o segundo dízimo, e mais ou menos nesse tempo a Associação da Califórnia do Sul publicou dois panfletos: O Segundo Dízimo, Seu Fundamento Bíblico e Uso Legítimo, escrito por R. S. Owen; e O Segundo Dízimo, escrito por Clarence Santee e R. S. Owen. Mas Ellen White escreveu em 27 de abril de 1904:
“Não vejo sabedoria no ato de a escola depender do segundo dízimo para cobrir tão grande parte de suas despesas. Receio que se os irmãos confiarem tanto nisso, surjam dificuldades. Deveis trabalhar pacientemente para desenvolver as indústrias mediante as quais os estudantes consigam, em parte, fazer frente a suas despesas escolares. Que cada família procure pagar as despesas dos estudantes que envia para a escola.” – Carta 167, 1904, dirigida aos irmãos Santee e Owen.
Em 7 de abril de 1905, Ellen White escreveu para E. S. Ballenger, que estava ligado a nossa obra educacional:
“Com respeito à obra da escola, fui instruída de que o plano de não cobrar nada dos alunos pela taxa escolar, dependendo do segundo dízimo para manter a escola, sempre deixará a escola em precárias condições financeiras. Quando, pela primeira vez, ouvi falar desse movimento, pensei que devia deixar que se desenvolvesse, mas agora lhes declaro: A luz que me foi dada é que terão de ser elaborados outros planos diferentes do plano de manter as escolas com o segundo dízimo. Deve-se cobrar, dos estudantes, um preço razoável pelo seu estipêndio. Haverá muitas localidades para aplicar o segundo dízimo na realização de diligente obra missionária em lugares novos.” – Carta 103, 1905.
E então, em 4 de outubro de 1905, Ellen White escreveu ao Pastor Clarence Santee:
“Estamos lutando agora com a dívida do Colégio Fernando. Se nosso povo empreender diligentemente a venda do livro Christ Object Lessons (Parábolas de Jesus), poderá ser efetuada muita coisa. Os planos para manter esta escola, no passado, não foram elaborados sabiamente. Espero que ninguém procure percorrer outra vez o mesmo terreno, cometendo erros similares.” – Carta 279, 1905.
No contexto desse tempo, Ellen White, em 1904, redigiu uma declaração em The Use of the Tithe (Ms 82, 1904), e alguns trechos iriam fazer parte dos conselhos que finalmente foram publicados em Testimonies, vol. 9, sob o título “Mordomia Fiel”. A declaração completa de 1904 aparece como “Apêndice A”. Ela é importante.
Tem sido dada considerável atenção ao parágrafo, nas páginas 248 e 249 de Testimonies, vol. 9, a respeito do emprego do dízimo para “fins escolares” e sustento de “colportores”.
Histórico da declaração de que estamos tratando:
a. Como já foi mencionado, ela apareceu primeiro no Manuscrito 82, 1904, da maneira que segue:
“Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado — o sustento dos ministros. Deveria haver hoje no campo, uma centena de obreiros bem habilitados, onde agora existe apenas um.” [Ver manuscrito completo como Apêndice A.]
b. Ao preparar-se para uma apresentação a ser feita em San José, Califórnia, em janeiro de 1907, num simpósio sobre o “Sustento do Reino de Deus na Terra”, Ellen White incorporou o parágrafo ao âmago do manuscrito que ela iria ler.
c. O artigo de Ellen White no simpósio foi incluído, em 1909, no capítulo “Mordomia Fiel”, em Testimonies, vol. 9, págs. 245-251.
Vemos, portanto, que o parágrafo de que estamos tratando apareceu três vezes: em 1904, 1907 e 1909.
Não Parece Ter Havido Questões Especiais Ou Crises Que Tenham Sido responsáveis Pelo Conselho
Alguns têm perguntado se em 1904 ou 1907 houve questões especiais ou crises em nossa obra educacional ou no ministério da colportagem. Meticuloso estudo das atas da Associação Geral, da correspondência entre o escritório de Ellen White e dirigentes da Igreja, e dos próprios arquivos da Sra. White, não revelou que houve alguma situação crítica especial que a tenha levado a escrever isso.
O panfleto do Pastor Butler, de 1884, em que ele expressa a convicção de que o dinheiro do dízimo devia ajudar a sustentar o recém-estabelecido ministério da colportagem, estava, no entanto, em circulação em 1904, o ano no qual foi escrita a declaração que estamos considerando.
Quanto ao pagamento de colportores, os registros de 1901 a 1904, examinados por nós, não fazem nenhuma referência à sugestão de que os colportores poderiam ser pagos com o dinheiro do dízimo.
Estes fatos reforçam a conjetura de que a declaração de Ellen White a respeito de “interesses escolares” e dos “colportores” só aparece em termos gerais no contexto de uma declaração que trata do dízimo e de seu uso, e foi escrita para salvaguardar o uso do dízimo.
Deve-se ter em mente que a idéia central de muitas das declarações de Ellen White, sobre o uso do dízimo e sobre o desvio de recursos do dízimo, é que sempre haja recursos suficientes no tesouro para remunerar adequadamente os ministros e manter a vigorosa arremetida evangelística por todo o mundo. Ela escreveu:
“Devia haver abundante provisão no tesouro do Senhor, e haveria, se corações e mãos egoístas não houvessem retido os dízimos, ou empregado os mesmos para sustentar outros ramos de trabalho.
“Os reservados recursos de Deus não devem ser usados a esmo. O dízimo pertence ao Senhor, e todos aqueles que tocam nele serão punidos com a perda de seu tesouro celestial, a menos que se arrependam. Que a obra não continue mais a ser impedida porque o dízimo foi desviado para vários fins diversos daquele para que o Senhor disse que ele devia ir. Devem-se estabelecer provisões para esses outros ramos da obra. Eles devem ser mantidos, mas não do dízimo. Deus não mudou; o dízimo tem de ser ainda empregado para a manutenção do ministério. A abertura de novos campos requer mais eficiência ministerial do que possuímos agora, e é preciso haver meios no tesouro.” – 9T, 249, 250.
Outubro de 1975
Revisado em fevereiro de 1990.