Os críticos de Ellen White têm contrastado certas declarações em que ela parece contradizer-se a si mesma ou contradizer a Bíblia. Algumas dessas “contradições” são meramente distorções das suas palavras pelos críticos; outras podem ser explicadas pelo fato de que a declaração em questão é somente parte de uma idéia que é desenvolvida mais completamente em outras seções de seus escritos. Mas tentar provar que todos os supostos “erros” nos escritos de Ellen White não são na verdade erros, é inútil por pelo menos duas razões.
Primeiro, uma pessoa que procura por contradições e erros em escritos inspirados estará sempre pronta para colocar novas dificuldades em substituição àquelas que foram removidas. Isso tem sido demonstrado através dos séculos por aqueles que se deleitam em procurar “erros” na Bíblia.
Falando sobre o assunto, Ellen White escreveu, “Todos os erros não causarão dificuldade a uma alma, nem farão tropeçar os pés de alguém que não fabrique dificuldades da mais simples verdade revelada” (Mensagens Escolhidas , vol. I, p. 16).
Segundo, os adventistas do sétimo dia (incluindo a própria Ellen White) não alegam que Ellen White ou outras pessoas inspiradas foram infalíveis, nem em seus escritos, nem em sua vida. Alegadas discrepâncias e erros factuais são somente fatais para conceitos de inspiração que exijam perfeição na linguagem humana e no instrumento humano que apresenta a mensagem divina. Tais conceitos são opostas ao que é observado nas Escrituras – o padrão pelo qual devemos julgar nossos conceitos de como Deus fala.
Ao avaliar supostos erros, é necessário considerar se o “erro” percebido é fundamental para a mensagem divina, ou irrelevante. Mesmo quando for fundamental, precisamos levar em conta a possibilidade de que o Espírito Santo pode “corrigir” o profeta numa revelação futura. Ver II Samuel 7:1-17 por exemplo. Se, em seus ensinos proféticos – aquelas mensagens apresentadas como revelação do Senhor – Ellen White ou qualquer outro reivindicador fossem achados contradizendo o ensino da Palavra de Deus, então tais reivindicações falhariam diante do teste bíblico: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isa. 8:20).