Se na Nova Terra “não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Apocalipse 21:4), por que então as folhas da árvore da vida serão “para a cura dos povos”? (Apocalipse 22:2)

Alberto R. Timm

Apocalipse 21:1 a 22:5 fala da restauração de todas as coisas ao seu estado de perfeição original, quando a morte e a doença não mais existirão (Ap 21:4). Libertos do pecado e de suas conseqüências, os justos terão pleno acesso à árvore da vida, da qual nossos primeiros pais foram banidos em decorrência de sua transgressão (ver Gn 3:22-24).

Ao mencionar que as folhas dessa árvore serão “para a cura dos povos”, o texto não está falando da possibilidade de pessoas ainda ficarem doentes na Nova Terra e serem então curadas por essas folhas. A ênfase está no contraste entre a presente condição de alienação da árvore da vida, caracterizada por doença, sofrimento e morte, e o futuro estado de acesso a essa árvore, quando os remidos estarão completamente curados de todas as conseqüências do pecado. Portanto, as folhas da árvore da vida serão, de acordo com Jamieson, Fausset e Brown, “a preventiva fonte de saúde, que protegerá os remidos da doença, ao invés de curá-los dela”.


 

Fonte: Sinais dos Tempos, janeiro de 1998, p. 29 (usado com permissão)