Um depoimento feito por Arthur L. White
Em sua folha mimeografada, “REMANESCENTE – A Política do Adventismo”, datada de 01 de Janeiro de 1978 (1979), Sydney Allen, sob o título lateral “W. C. e Ellen: Uma Junção?, introduz os problemas que a denominação enfrentou no início da Primeira Guerra Mundial, e o que o impacto do que Ellen G. White e seu filho, W. C. White, falou e escreveu pode ter causado nos adventistas do sétimo dia arrastados para o serviço militar na Alemanha. Depois de fazer uma declaração bastante geral, e não totalmente correta, resumindo o posicionamento adventista antes de 1914, e o fato de as declarações terem sido feitas no início da Primeira Guerra Mundial, Allen indica a necessidade de examinar uma “questão vital”:
A opinião de W. C. White ganhava às vezes aceitação assim como o conselho inspirado de Ellen White? Se sim, a culpa não é necessariamente de W. C. White, mas não importa de quem é a culpa, não é a questão importante. A questão importante para aqueles que acreditam nas declarações de Ellen White com autoridade divina é: quais são as declarações e quais não são.
Depois de declarar que “Os resultados de um mal-entendido podem ser trágicos”, Allen se refere a uma carta escrita por W. C. White para o Pastor Guy Dail, o secretário da Divisão Europeia, na qual ele conta a conversa que teve com sua mãe na qual a guerra era mencionada.
Embora a guerra e o seu significado fossem ocasionalmente discutidas na casa de Ellen White em 1914 e no início de 1915, o que ela disse na conversa com W. C. White em 24 de maio de 1915 é a única declaração significativa vinda de seus lábios, e isso é bem incerto. Ela não escreveu nada a respeito do assunto.
Citamos a carta de W. C. White para o pastor Dail, na qual ele relata sua conversa com a sua mãe:
Terça-feira de manhã, 25 de maio, ela estava muito fraca, mas a sua mente parecia clara, e quando lhe perguntei se ela estava confortável, ela disse: “Eu estou muito fraca. Tenho certeza de essa é a minha última enfermidade. Não estou preocupada com o trágico pensamento de morrer. Sinto-me confortada o tempo todo, que o Senhor está perto de mim. Eu não estou ansiosa. A preciosidade do Salvador é tão clara para mim. Ele tem sido um amigo. Ele me guardou na doença e na saúde. Não me preocupo com a obra que realizei. Fiz o melhor que eu pude. Não acho que vou me demorar muito. Eu não espero muito sofrimento. Sou grata porque temos os confortos da vida em tempos de enfermidade. Não se preocupe. Eu vou apenas um pouco antes do que os outros. Senti-me confortada em relação aos meus filhos”.
E então, eu perguntei: “Devo escrever para Edson, e dizer a ele o que você me contou hoje?”. “Sim”, ela respondeu. “Onde está Edson?”, eu respondi. “Ele acabou de dar uma palestra de estereóptico em Mount Vernon Academy, sobre a Guerra Europeia e seu significado como evidência de que a volta do Senhor está próxima”. “As pessoas consideram assim?”, ela perguntou. Eu respondi: “Sim, homens pensantes em todo o mundo consideram essa guerra como uma indicação de que estamos nos aproximando do fim”. Então ela perguntou: “O nosso povo está sendo afetado pela guerra?” “Sim”, eu disse. “Centenas de pessoas foram pressionadas a entrarem no exército. Alguns foram mortos e outros estão em lugares perigosos. Há muito sofrimento em vários lugares, e também grande perplexidade. Alguns do nosso povo na América e na Europa sentem que os nossos irmãos que foram forçados a entrarem no exército fizeram errado ao se alistarem para o serviço militar. Eles pensam que teria sido melhor para eles terem recusado portar armas, mesmo sabendo que como resultado dessa recusa, eles teriam que se alinhar para serem fuzilados.”
“Eu não acho que eles deveriam fazer isso”, ela respondeu. “Eu acho que eles devem exercer seus deveres enquanto o tempo durar”. – W. C. White para Guy Dail, 26 de maio de 1915.
Dr. Jacob Patt, fonte de Sydney Allen, relata isso, mas não cita completamente na sua dissertação de doutorado: “A História do Movimento do Advento na Alemanha”, pág. 260. Veja a Mostra A. Ele dá credito pela sua informação a uma carta de A. L. White para ele, datada de 05 de Julho de 1955. Arthur White, nessa carta à Patt, comentou sobre a conversa entre W. C. White e sua mãe sobre a guerra:
A conversa de meu pai com a sua mãe é de interesse, mas um pouco indefinida, e em qualquer estudo e uso dela, devemos levar em conta a idade e a fraqueza da Sra. White e o fato de que é um relato do que o Pastor W. C. White a ouviu dizer. Isso foi a poucas semanas de sua morte, em julho de 1915. Por outro lado, parecia estar em harmonia com as suas atitudes, assim como era demonstrado quando ela estava na Suíça e dois dos nossos homens foram chamados para as suas duas semanas de serviço militar. Ela escreveu:
“Acabamos de nos despedir de três dos nossos homens responsáveis no escritório onde foram convocados pelo governo para servir por três semanas de treino. Era um estágio muito importante do nosso trabalho na casa publicadora, mas o governo solicita que eles não se acomodem nas nossas conveniências. Eles exigem que os jovens que eles aceitaram como soldados não negligenciem o exercício e o treino essencial para o serviço do soldado. Ficamos felizes em ver que esses homens com os seus regimentos tinham provas de honra pela sua fidelidade ao seu trabalho. Eles eram jovens dignos de confiança.”
“Eles não escolheram ir, mas foram porque a lei de sua nação assim exigia. Demos-lhes palavras de encorajamento para serem verdadeiros soldados da cruz de Cristo. Nossas orações estarão com esses jovens, que os anjos de Deus possam acompanha-los e guarda-los de cada tentação.” (Carta 55, 1886; publicada em 2SM págs. 334-335) – A. L. White para Jacob Patt, 05 de julho de 1955.
Esse contexto foi apresentado por completo aqui para deixar claro que a quantidade de material que temos de Ellen White sobre a questão militar é bastante limitada. Sem dúvidas a falta de declarações pronunciadas por ela chamando de teimosa e presunçosa a resistência ao serviço militar, era confortante para aqueles sobre tal governo como a Alemanha. Ellen White não fez uma declaração que faria mártires da Igreja Adventista do Sétimo Dia em outras terras. E a denominação também não a fez em nenhum momento. Em assuntos desse tipo, depois de tornar claras as questões e os envolvimentos, as decisões são deixadas para a consciência individual.
Agora para a apresentação de Sydney Allen:
OS RESULTADOS DOS MAL-ENTENDIDOS PODEM SER TRÁGICOS: Em Junho de 1915, o Pastor Guy Dail, secretário da Divisão Europeia da IASD pediu pela opinião de Ellen White em Elmshaven sobre a questão de se os jovens adventistas da Alemanha deveriam exercer o serviço militar mesmo nos sábados, já que a carta de L. R. Conradi, o Presidente da Divisão, os havia dado o direito de escolher.
Foi o final da vida da Sra. White.
W. C. respondeu em nome de sua mãe. Ele disse que ele havia recentemente mostrado a ela que alguns membros da fé, tanto na América quanto na Europa, acreditavam ser melhor para os jovens adventistas recusar portas armas, mesmo sabendo que, como consequência de sua ação, eles seriam fuzilados. A Sra. White respondeu ao seu filho: “Eu não acho que eles deveriam fazer isso. Eu acho que eles devem exercer seus deveres enquanto o tempo durar”.
AMBIGUIDADE: mas qual era o seu dever? Essa foi precisamente a pergunta a qual o Pastor Dail e seus jovens irmãos adventistas queriam a resposta, mas a enferma profetiza, embora sem querer vê-los serem fuzilados, havia aparentemente deixado a questão de seu dever para a sua consciência individual, assim como Conradi havia feito.
De acordo com Jacob Patt, o significado da declaração que W. C. havia citado não era “totalmente clara para os oficiais da denominação, e causava certa confusão”.
POSFÁCIO: Depois de a carta ter sido expedida de St. Helena, a Sra. White, apesar de suas enfermidades, enviou uma carta para a Divisão Europeia na qual ela encorajava todos os homens adventistas europeus a serem convocados ao exército para exercerem seus deveres militares enquanto fosse necessário.
Se o Senhor abriu suficientemente o futuro para que ela pudesse ver que os adventistas alemães nas trincheiras matariam e seriam mortos por ingleses, franceses e adventistas alemães nas trincheiras opostas não é totalmente claro, mas que sejamos perdoados por suspeitar que isso não aconteceu, e se tivesse acontecido, ela poderia ter sido menos enérgica na sugestão de os alemães exercerem seus deveres.
Nessa segunda carta, Ellen lembra que quando Cristo esteve diante de Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, Ele “reconheceu que as guerras não eram sempre injustas ou erradas.” Essa é uma aparente referência a João 18:36, onde Jesus diz a Pilatos:
“O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui… Nenhuma autoridade teria sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem. João 18:36 e 19:11. RA
COMO A DECLARAÇÃO FOI INTERPRETADA: A declaração da Sra. White era geralmente interpretada por adventistas alemães como os homens adventistas devendo exercer fielmente seus deveres militares, se necessário, portando armas e servindo nos sábados. Líderes adventistas sentiram que os jovens adventistas que tentavam ser liberados do serviço militar estavam tentando escapar de um dever necessário. Conradi aconselhou os membros da igreja a orarem pela vitória das forças alemãs. A versão oficial é que ele fez isso sem a sanção de outros níveis da organização Adventista. – Remanescente, Janeiro de 1979, pág. 5.
O fato é que não havia uma segunda carta escrita por Ellen White presumivelmente em junho ou julho de 1915, como relatado por Sydney Allen, citando uma carta de Jacob Patt, escrita em 14 de junho de 1914, endereçada a um membro da igreja desencorajado e publicada por completo em Testimonies to Ministers, págs. 516-520. Existe apenas uma única carta escrita em 1914.
O Dr. Patt, fonte de Sydney Allen, depois de introduzir em sua dissertação a conversa entre W. C. White e sua mãe, em abril de 1915, citada acima, declara:
Mais tarde, como suplemento à carta de seu filho, a Sra. White, apesar de sua enfermidade, enviou uma carta à Divisão Europeia na qual ela encorajava todos os homens adventistas europeus a serem convocados ao exército para exercerem seus deveres militares enquanto fosse necessário.
Como justificativa, ela lembrou os seus leitores de quando Cristo esteve diante de Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, Ele reconheceu que as guerras não eram sempre injustas ou erradas. – Patt, The History of the Advent Movement in Germany, pág. 260.
Ellen White nunca escreveu tal carta. Ela estava física e mentalmente incapaz de escrever qualquer carta. Ela estava no seu leito de morte, à deriva de sua consciência. Veja os relatórios do seu estado de saúde de fevereiro a julho de 1915, publicados na Review and Herald, disponíveis em Reprints of the Ellen G. White Review and Herald Articles, volume 6, págs. 533-542.
Patt credita as informações sobre essa suposta carta a duas fontes:
Zions-Wachter (Hamburg), 06 de dezembro de 1915, pág. 365; Arthur White, Washington, D. C. para Jack M. Patt, Cambell, Califórnia, 05 de julho de 1955, em posso de Jack Patt, Santa Clara, Califórnia.
Nós fomos informados quanto ao que o jornal relatou. Não há fundamento para o relatório na carta de Arthur White de 05 de julho de 1955. Veja a cópia dessa carta anexa na Mostra B
A história da experiência dos nossos irmãos na Alemanha em atender às exigências militares é um fato registrado. Isso não está nessa declaração, mas antes que alguém tente falar autoritária ou criticamente, ele deveria…
W.C. White influenciou a sua mãe?
Uma segunda distorção que não pode ser negligenciada está implícita no título lateral, W. C. e Ellen: Uma Junção? Por diversas ocasiões Ellen White viu o relatório de que W. C. White manipulava seus escritos: “Alma alguma manipula meus escritos” (Carta 391, 1906), ela escreveu em 1906. Um trecho de uma entrevista no início de outubro de 1907, época em que a questão da influência da W. C. White sobre sua mãe estava em discussão, deve resolver essa questão. Quando foi amplamente comentado que a Irmã White escrevia seus testemunhos com base nas representações de W. C. White para ela e não com base nas suas visões, Ellen White respondeu: “Ele mesmo lhes dirá, que sou eu quem apresentou as situações para ele”. E ela destacou: “ele não parece querer me dizer nada sobre a reunião na Califórnia do Sul. Ele não me disse quase nada, apenas alguns pontos que ele sabe que não perturbariam minha mente”.
Ela continua:
Eu vou a ele com manuscritos, e lhe digo: “Isso deve ser copiado, e envie o mais rápido possível”.
Agora eu tenho luz, principalmente à noite, como se a coisa toda estivesse acontecendo e eu assistindo, e eu estou ouvindo à conversa. Sou comovida a me levantar e encontrá-la.
É assim que acontece, e então de manhã eu conto a ele o que aconteceu. Ele quase nunca diz uma palavra se quer. Mas depois de algum tempo, quando eu já havia escrito muito, então ele reconhece que é verdade. Ele tem quase certeza de que é verdade porque ele estava lá, mas ele não me contou. – Manuscrito 105, 1907.
Não é ele que vem com material para mim, mas eu lhe passo a luz que eu recebi. – Manuscrito 109, 1907.
Antes ela escreveu:
Há aqueles que dizem: “Alguém manipula seus escritos.”, eu reconheço a acusação. Existe Um que é poderoso no conselho. Um que me apresenta as condições das coisas. – Carta 52, 1906; Messenger, pág.17
Os Direitos Autorais dos Livros de Ellen G. White
Embora nesse documento não haja tentativa de apontar as muitas deturpações que aparecem no papel de Sydney Allen de 01 de janeiro, um ponto que estourou pode ser fácil e rapidamente eliminado. Está relacionado aos direitos autorais dos livros de E. G. White e o White Estate, e a família relacionada a esses direitos.
Na página 6, ele escreve minuciosamente sobre o relacionamento entre o pastor D. A. McAdams, por muitos anos secretário do departamento de publicações da Conferência Geral, com Arthur L. White, por muitos anos secretário do Ellen G. White Estate. Ele declara que:
Colportores Adventistas (sejam abençoados) vendem milhões de dólares com a assinatura de livros indo de casa em casa todos os anos, e uma porção considerável do lucro desses livros vai para o Ellen G. White Estate como direitos autorais, do qual Arthur White foi o diretor por mais ou menos 40 anos. O departamento de publicações da Conferência Geral da IASD, em um dos pisos acima do escritório do White Estate, governa e promove a manufatura, a distribuição e a venda desses e de outros livros. Uma figura central (se não dominante) no departamento por muito tempo enquanto Arthur White estava no escritório do White Estate foi D. A. Adams, quem passou sua vida promovendo a literatura adventista com considerável sucesso. Quando ele se aposentou, o Pastor McAdams se tornou o secretário do departamento, e manteve aquele escritório por muitos anos. Era no mínimo um desejo eminente do ponto de vista do Estate que ele e Arthur White formassem um relacionamento de confiança. Era provável que eles não fossem tomar a sua fonte de renda por garantida. – Remnant, pág.6
Tudo o que precisa ser dito é que, em 1933, fizeram um contrato entre administradores do White Estate e a Conferência Geral. Os royalties de todos os livros de E. G. White, por acordo, se tornaram propriedade da Corporação da Conferência Geral. Naquela época, a Conferência Geral concordou em fornecer um orçamento de funcionamento dos fundos gerais da igreja para sustentar o White Estate. Não há conexão alguma entre os rendimentos de royalties e o orçamento do White Estate. Além disso, nenhum membro da família White se beneficia com mais do que 5 centavos por ano com as vendas dos livros de Ellen G. White. As assinaturas dos livros rendem 1% do preço de venda, deixando 99% para a publicação e distribuição dos livros. Os rendimentos de royalties atuais fornecem um rendimento à Conferência Geral de pouco menos que um terço do orçamento do White Estate.
Arthur L. White
Ellen G. White Estate
15 de Março de 1979
MOSTRA A
Páginas da dissertação de J. M. Patt
“A História do Movimento do Avento na Alemanha”
Serviço militar à Pátria, mesmo nos sábados, mas ele deixou que a consciência de cada um decidisse seguir o conselho ou não; se a diretriz da igreja parecia ser contrária às suas convicções, eles tinham liberdade para recusar. A sanção de Conradi dos deveres militares e do serviço no sábado era eficaz em mudar a prática dos soldados adventistas. O líder adventista alemão também aconselhou os membros da igreja que orassem pela vitória das forças militares alemãs. Conradi autorizou ações sem a sanção oficial de nenhum local, união, divisão, ou organização da Conferência Geral.7
Apesar das explicações aos membros em relação à posição dos adventistas na questão do serviço militar, o descontentamento continuava, e a oposição os acusava de quebra dos mandamentos. Nessa acusação eles foram totalmente justificados, já que um dos Dez Mandamentos proibia o trabalho no sábado. Preocupado com a crise que a chegada da guerra havia precipitado para os adventistas do sétimo dia na Alemanha e em outros lugares da Europa, o secretário da Divisão Europeia, em junho de 1915, pediu pela opinião da Sra. Ellen G. White na Califórnia.8 Naquela época, a Sra. White já estava com a idade bem avançada, na verdade, ela estava a um mês de sua morte, e o seu filho, William C. White, respondia em seu nome. Ele contou uma recente conversa durante a qual ele apontou para ela que alguns membros da fé, tanto na América quanto na Europa, acreditavam ser melhor para os jovens adventistas recusar portar armas, mesmo quando eles sabiam que, como resultado de sua ação, eles seriam fuzilados. A Sra. White respondeu ao seu filho: “Eu não acho que eles devam fazer isso. Eles devem exercer os seus deveres enquanto o tempo durar”. O significado dessa declaração não ficou totalmente claro para os oficiais denominacionais e causaram certa confusão.9
- Wächter der Wahrheit (Hamburg), 01 de abril de 1919, págs. 5-7;
Review and Herald (Washington D. C.), 20 de janeiro de 1921, Christian,op.cit. pág. 47
- Zions-Wächter (Hamburg), 06 de dezembro de 1915, pág. 365; Guy Dail, Berne, Suíça, a Sra. Ellen G. White, St. Helena, Califórnia, 10 de junho de 1915, Publicações de Ellen G. White.
- William C. White, St. Helena, Califórnia, para Edson White, Washington D.C., 11 de Abril de 1915; W. C. White, st. Helena, para Guy Dail, Berne, Suíça, 30 de Junho de 1915, Ellen G. White Publications.
Mais tarde, como suplemento a carta de seu filho, apesar de suas enfermidades, Ellen White enviou uma carta para a Divisão Europeia na qual ela encorajava todos os homens convocados a exercer o serviço militar a permaneceram enquanto fosse necessário. Como justificativa, ela recordou seus leitores quando Cristo ficou perante Pôncio Pilatus, o governador romano da Judéia, Ele reconheceu que as guerras não eram sempre injustas ou erradas. Sua declaração foi normalmente interpretada por adventistas alemães, no sentido de que, os homens adventistas deveriam exercer fielmente seus deveres militares portando armas ou servindo no sábado, se necessário. Os líderes adventistas da Alemanha, à luz da mensagem da Sra. White, viram todos os pedidos de licença do serviço militar como um desejo de escapar de um serviço necessário.
A Sra. White não emitiu sua declaração como uma declaração oficial da igreja; a autoridade dos pronunciamentos da igreja permaneceram somente para o Comitê Executivo da Conferência Geral.10
A secretária da Divisão Europeia enviou cópias e traduções alemãs das duas cartas de Ellen White para vários líderes e igrejas na Alemanha. De acordo com a interpretação da secretaria das declarações de Ellen White, a organização adventista de cada país tinha a autoridade de decidir qual posição tomar a respeito do serviço militar. Os membros do Comitê Executivo da Divisão Europeia esperavam que se os adventistas do sétimo dia exercessem seus deveres para com o governo, o desejo da denominação de respeitar a questão do sábado receberia uma atenção mais favorável.11
O órgão oficial adventista, Zions-Wächter, citou Martin Luther para justificar a posição tomada pela igreja na Alemanha. Luther de fato justificou o porte de armas em defesa do lar e da família; a espada e a guerra, ele afirmou, foram instituídas por Deus para punir a injustiça e proteger os justos. Os líderes adventistas alemães instruíram que sob as dadas circunstâncias, a participação na guerra.
- Zions-Wächter (Hamburg), 06 de Dezembro de 1915, pág. 365; Arthur White, Washington D. C., para Jack M. Patt, Campbell, Califórnia, 05 de Julho de 1955, em posse de Jack Patt, Santa Clara, Califórnia.
- Ibid., 02 de Dezembro de 1918, pág. 209.
Autor: Arthur L. White
01 de janeiro de 1979
Tradução: Giovanna Finco