Introdução
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3). Em Cristo há a promessa da vida eterna, mas uma vez que a vida humana é mortal, os seres humanos são confrontados com temas difíceis com relação à vida e a morte. Os seguintes princípios referem-se à pessoa como um todo (corpo, alma e espírito), um todo indivisível (Gên. 1:7, I Tess. 5:23).
Vida: Nossa Dádiva valiosa de Deus
1) Deus é a Fonte, o Doador e Mantenedor de toda vida (Atos 17:25, 28; Jó 33:4; Gên. 1:30, 2:7; Sal. 36:9; João 1:3,4).
2) A vida humana tem valor único, pois os seres humanos, embora caídos, são criados à imagem de Deus (Gên. 1:27; Rom. 3:23; I João 2:2, I João 3:2; João 1:29; I Ped. 1:18,19).
3) Deus valoriza a vida humana não no que diz respeito às realizações humanas ou contribuições, mas porque somos criações de Deus e o objeto de seu amor redentor (Rom. 5:6,8; Efés. 2:2-6; I Tim. 1:15; Tito 3:4,5; Mat. 5:43-48; Efés. 2:4-9; João 1:3,10:10).
Vida: Nossa responsabilidade para com um dom de Deus
4) Valiosa como é, a vida humana não é a única e última preocupação. O sacrifício próprio em devoção Deus e aos Seus princípios podem tomar a precedência sobre a vida (Apoc. 12:11; I Cor. 13).
5) Deus nos chama para a proteção da vida humana e responsabiliza a humanidade por sua destruição (Êxodo 20:13; Apoc. 21:8; Êxodo 23:7; Deut. 24:16; Prov. 6: 16,17; Jer. 7:3-34; Miq. 6:7, Gên. 9:5,6).
6) Deus está especialmente preocupado com a proteção do fraco, indefeso e oprimido (Sal. 82:3,4; Tiago 1:27; Miq. 6:8; At. 20:35, Prov. 24:11,12; Luc. 1:52-54).
7) O amor cristão (agape) se dedica para melhorar a vida de outros. O amor também respeita a dignidade pessoal e não aceita a opressão de uma pessoa ou suporta o comportamento abusivo de outro (Mat. 16:21; Fil. 2:1-11; I João 3:16, I João 4:8-11; Mat. 22:39; João 18: 22,23, João 13:34).
8) A comunidade crente é chamada a demonstrar o amor cristão de maneira tangível, prática e substancial. Deus nos chama a restaurar gentilmente os quebrantados (Gál. 6:1,2; I João 3:17,18; Mat. 1:23; Fil. 2: 1-11; João 8: 2-11; Rom. 8: 1-14; Mat. 7: 1,2, 12:20; Isa. 40:42, 62:2-4).
Vida: Nosso direito e responsabilidade para decidir
9) Deus dá à humanidade a liberdade de escolha, mesmo que isso conduza ao abuso e a consequências trágicas. Sua relutância em forçar a obediência humana requereu o sacrifício de Seu Filho. Ele nos manda usar Seus dons de acordo com Sua vontade e finalmente julgará seu mau uso (Deut. 30:19,20; Gên. 3; I Ped. 2:24; Rom. 3:5,6, 6:1,2; Gál. 5:13).
10) Deus chama cada um de nós individualmente a fazer decisões morais e buscar nas Escrituras para os princípios bíblicos para tais escolhas (João 5:39; Atos 17:11; I Ped. 2:9; Rom. 7:13-25).
11) Decisões sobre a vida humana de seu início ao seu fim devem ser tomadas dentro do contexto de relacionamentos familiares saudáveis com o apoio da comunidade de fé (Êxodo 20:12, Efés. 5:6,12). As decisões humanas devem ser sempre centralizadas na busca da vontade de Deus (Rom. 12:2; Efés. 6:6; Luc. 22:42).
- O aborto, como entendido nessas diretrizes, é definido como qualquer ação que tenha por objetivo o término da gravidez já estabelecida. É diferente da contracepção para prevenir a gravidez. O foco do documento é o aborto.
- A perspectiva fundamental dessas diretrizes é tomada de um estudo amplo das Escrituras como mostrada nos “Princípios para uma Visão Cristã da Vida Humana” incluída no final deste documento.
Estas diretrizes foram aprovadas e votadas pela Comissão Executiva dos Adventistas do Sétimo Dia da Conferência Geral na Sessão do Concílio Anual em Silver Spring, Maryland, em 12 de Outubro de 1992.