Daniel Oscar Plenc
“O SENHOR faz justiça e juízo a todos os oprimidos. Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel. Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade.” Salmos 103:6 – 8.
Ellen White se ocupava às vezes em escrever sobre a violência e também sobre o efeito negativo que a rudez e a falta de cortesia traziam ao lar. A seguir mencionarei algumas de suas ideias:
1) A violência como condição da família humana
Já nos seus dias, Ellen White lamenta que a violência esteja tomando posse da família humana e saturando todas as coisas. (Maranata! P. 28 – Mensagens Escolhidas p. 1:115).
2) Tem que se evitar a violência verbal na família
A exortação se dirige a não permitir que discussões ou tristezas penetrem o lar. Fale amorosamente. Nunca eleve a sua voz ao ponto dela ser áspera. Conserve a calma… Devemos subjugar nosso gênio violento, e dominar nossas palavras; assim obteremos grandes vitórias. (Lar Cristão, p. 396 – 397). É sugerida uma resolução maior a respeito disso. Seria bom se cada homem firmasse essa promessa de falar bondosamente em sua casa e de permitir que a lei do amor dirija as suas palavras. (Lar Cristão, p. 399 – 400). A semelhança de um jardineiro que cultiva flores, os pais não devem usar um tratamento rude nem uma atitude violenta, mas devem dar aos filhos um tratamento doce a amável. (O Desejado de Todas as Nações, p. 475).
3) Educação de crianças violentas
Fale-se da necessidade de subjugar os temperamentos de certas crianças (Condução da Criança, p. 40). Tão pouco se aconselha a passar os olhos por cima das faltas e suavizar as crises violentas. (Condução da Criança, p. 162).
4) O exemplo dos pais
Os pais tem de se precaver contra toda a grosseria e rudez, senão estes seus defeitos se tornarão comum aos seus filhos. (Lar Cristão, p. 155). Os esposos têm de se manifestar com cortesia e guiar a casa com a lei da bondade. Ninguém deverá se expressar com grosseria e nem com palavras de amargura. Todos podem ter um rosto animado, uma voz suave, modos de cortesia, entre outros desses elementos de poder. (Lar Cristão, p. 381). A obediência deve ser requerida sem brigas, mas sim com suavidade e ternura. (Condução da Criança, p. 201). As crianças e os jovens necessitam da influência de um bom exemplo. Necessitam de instruções agradáveis… Por meio de um exemplo paciente e tolerante, o pai cristão tem que ensinar que o mau gênio e a rudez não devem ter lugar na vida daquele que crê em Cristo e que estas qualidades são desagradáveis aos olhos de Deus. A medida que seus filhos te veem usando em suas próprias vidas os princípios da verdade, eles também serão levados a lutar contra os maus hábitos e juntos com seus pais refletirão na bondade e no amor de Deus. (Reflejamos a Jesus, p. 178).
5) O desenvolvimento do caráter
Um caráter cristão inclui o domínio das próprias emoções e paixões. (Consejos Para Los Maestros, p. 213). Com esforço, conflitos e abnegações buscarão o domínio do caráter desequilibrado e do temperamento violento. (A fin de conocerle, p. 282) É digno de considerar o exemplo de vida de João ao superar seu espírito violento contemplando a ternura, a tolerância, a humildade e a paciência de Jesus. (Atos Dos Apóstolos, p. 455).
6) A simpatia de Jesus
O exemplo do tratamento de Jesus nos anima a pensar que os mais rudes podem encontrar no evangelho um caminho para a recuperação e a esperança. (El Ministerio de Curacion, p. 16). Inocente e sem contaminação, caminhava entre os indiferentes, os rudes, os mal-educados… Tratava de inspirar esperança nos mais grosseiros e pouco promissórios colocando diante deles a segurança de que podiam chegar a serem pessoas sem culpas, alcançando um caráter que os faria parecer mais filhos de Deus… (En Los Lugares Celestiales, p. 181).