19 de Janeiro de 1956
30 Lillian Avenue
Trenton, New Jersey
Querido Irmão
O doutor Flais acabou de me ligar e disse que você desejava obter mais algumas documentações sobre dois pontos indicando a abordagem sã de Ellen White sobre procedimentos médicos modernos. Trata-se de vacinação e raio-x.
Primeiro de tudo, vamos dar uma olhada no raio-x. A declaração que apareceu no material que você tinha antes era baseada nas próprias palavras de Ellen White, como elas apareciam na carta, escrita em 6 de junho de 1911. Eis o que ela disse:
“Durante várias semanas fiz tratamentos com o raio-x para a mancha negra que apareceu na minha fronte. Ao todo fiz vinte e três tratamentos, e estes foram bem sucedidos em remover totalmente a marca. Por isso sou muito grata.” – E. G. White, Carta 30, 1911.
Sobre a questão da vacinação, não temos nenhuma declaração direta das mãos de Ellen G. White. No entanto, temos o testemunho do Pastor D. E. Robinson, que foi um dos secretários da Sra. White nos seus últimos anos na Austrália, e então em St. Helena na Califórnia desde 1903 até o fim da vida da Sra. White. Ele se casou com a neta mais velha da Sra. White, Ella White, e por muitos anos, depois do prazo de serviço missionário, o Pastor Robinson se manteve conectado com o nosso escritório até a sua aposentadoria há poucos anos. Ele é, portanto, muito bem qualificado para falar de sua memória sobre a atitude de Ellen White a respeito de certas coisas, e sobre o que realmente teve lugar envolvendo Ellen White e os membros da equipe do escritório.
Em resposta a esse inquérito recebido no nosso escritório, o Pastor Robinson escreveu em 12 de junho de 1931:
“Você pede por informações definitivas e concisas a respeito do que a Irmã White escreveu sobre vacinação e soro.”
“Essa questão pode ser respondida brevemente ao passo que não temos nenhum registro, ela não escreveu nada referente a eles em nenhum de seus escritos.”
“Você vai se interessar ao saber, entretanto, que naquela época, quando houve uma epidemia de varíola na vizinhança, ela mesma foi vacinada e instou a seus ajudantes, aqueles conectados a ela, a serem vacinados. Ao dar esse passo, a Irmã White reconheceu o fato de que foi provado que a vacina ou dá imunidade à varíola a alguém, ou alivia muito os efeitos de quem adoeceu.”
“Ela reconheceu também o perigo de expor os outros, caso eles falhem em tomar essa precaução.”
Em outra vez, falando sobre a atitude da Sra. White a respeito dessa questão, o Pastor Robinson escreveu:
“Apesar de estar totalmente ciente da prática de vacinação durante uma epidemia de varíola, ela não expressou desaprovação sobre isso, nem como prevenção nem como remédio. Membros da sua própria família foram vacinados e com a sua aprovação.”
Eu acho, irmão Quigley, que isso lhe dará um pouco mais de sólidas documentações sobre esse ponto que você estava buscando informação.
Com os melhores desejos, e boas festas,
Sinceramente seu irmão,
Arthur L. White, Secretário
Ellen G. WHITE Publications
Autor: Arthur L. White
Destinatário: W. B. Quigley
19 de janeiro de 1956
Tradução: Giovanna Finco