Declaração sobre Liberdade Religiosa

Por mais de um século os adventistas do sétimo dia têm sido ativos promotores da liberdade religiosa. Reconhecemos que precisamos defender a liberdade de consciência e de religião como um direito humano fundamental, em harmonia com os órgãos das Nações Unidas.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia se faz presente em 209 países. Com algumas exceções, porém, os adventistas constituem uma minoria religiosa, e às vezes têm estado sujeitos a restrições e discriminação. Consequentemente, eles têm sentido a necessidade de defender os direitos humanos.

Como cidadãos leais, os adventistas creem que têm o direito à liberdade de religião, sujeitos aos direitos iguais dos outros. Isto implica em liberdade de reunir-se para instrução e adoração; para adoração no sétimo dia da semana (sábado) e para disseminar opiniões religiosas pela pregação pública ou através da mídia. Esta liberdade inclui ainda mais o direito de mudar de religião, bem como respeitosamente convidar outros a fazer o mesmo. Toda pessoa tem o direito de exigir consideração sempre que a consciência não permita o desempenho de certos deveres públicos, tais como a exigência do porte de armas. Sempre que for concedido às igrejas o acesso à mídia pública, com toda a justiça os adventistas devem estar incluídos.

Continuaremos a cooperar e nos comunicarmos com outros para defender a liberdade religiosa de todas as pessoas, inclusive daqueles com quem possamos discordar.


Esta declaração foi aprovada e votada pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (ADCOM) e foi liberada pelo gabinete do presidente Robert S. Folkenberg, na sessão da Associação Geral de Utrecht, Holanda, de 29 de junho a 8 de julho de 1995.


Declaração sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a Liberdade Religiosa

Por mais de um século a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem defendido e promovido a liberdade religiosa. Agora que a humanidade se defronta com o terceiro milênio d.C., a Igreja Adventista, mais do que nunca, reconhece a necessidade de defender a liberdade de consciência e de prática da religião como um direito humano fundamental, em harmonia com os instrumentos internacionais das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos. Isto se aplica com igual força e mérito tanto às religiões majoritárias quanto às minoritárias.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia existe em Costa Rica desde a virada do século, e é grata pelo clima de liberdade religiosa, tolerância e paz que prevalece em Costa Rica. Não é este o caso em muitas partes do mundo.

Os adventistas do sétimo dia apoiaram a proclamação das Nações Unidas de 1995 como o Ano da Tolerância. À semelhança do racismo, a discriminação ou intolerância baseada em crença religiosa ou filiação à Igreja é intrinsecamente má e deve ser eliminada. Há regiões do mundo em que as minorias religiosas estão sendo discriminadas e perseguidas – a ponto de perder bens e empregos e até mesmo serem submetidas a ofensas corporais. O extremismo religioso fanático e intolerante, de qualquer tipo, deve ser deplorado e detido. Toda pessoa tem o direito de expressar com convicção suas ideias religiosas, mas sempre com respeito pelos direitos dos outros.

A liberdade religiosa implica em liberdade de disseminar opiniões religiosas pela pregação pública ou através da mídia. Esta liberdade inclui o direito de mudar de religião, bem como convidar respeitosamente outros a mudar sua filiação religiosa. Todas as igrejas e organizações religiosas têm o direito a razoável acesso à mídia pública, sem discriminação.

Como no passado, a Igreja Adventista do Sétimo Dia continuará a cooperar conscienciosamente com os governos, envolvendo-se com organizações que apóiam a liberdade de religião e trabalhando em conjunto com outras igrejas para difundir e defender a liberdade religiosa de todas as pessoas, inclusive daqueles com quem os adventistas possam discordar.


Esta declaração foi aprovada e votada pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (ADCOM) para ser liberada pelo gabinete do presidente Robert S. Folkenberg, na sessão do Concílio Anual em São José, Costa Rica de 1.º a 10 de outubro de 1996.


Minorias Religiosas e Liberdade Religiosa: Uma Declaração de Compromisso e Preocupação

Através da história as minorias religiosas têm sido frequentemente sujeitas à discriminação e grande perseguição. Hoje, a intolerância e o preconceito religioso estão  novamente tomando lugar. A despeito da afirmação da liberdade de todos para manter e disseminar opiniões religiosas e mudar de religião – uma afirmação sustentada nos instrumentos e documentos compreendendo  uma  “Carta Internacional de Direitos ”–, muitos países negam esse direito a seus cidadãos.

Instrumentos internacionais condenam a discriminação contra as minorias, mas tragicamente, algumas nações têm publicado listas de grupos religiosos descritos como seitas potencialmente perigosas. Comissões anti-seitas têm sido formadas, investigadores treinados e leis restritivas aprovadas. Centenas de milhares de crentes inocentes estão agora sob suspeita oficial e são tratados como cidadãos de segunda classe. Tudo isso viola a liberdade religiosa, a qual é um dos mais básicos e essenciais fundamentos dos  direitos humanos. Os adventistas do sétimo dia obedecem às leis da Terra conquanto não estejam em conflito com as leis de Deus. No entanto, nos opomos a qualquer lei, programa ou atividade que discrimine as minorias religiosas.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia defende a liberdade religiosa a todos, bem como a separação da igreja e estado. As Escrituras ensinam que o Deus que deu a vida também deu liberdade de escolha. Deus só aceita a adoração feita de livre e espontânea vontade. Os adventistas do sétimo dia também acreditam que a lei deve ser aplicada imparcialmente. Alegam que nenhum grupo religioso deve ser julgado pelo fato de alguns fiéis  parecerem extremistas.  A liberdade religiosa é limitada quando comportamentos agressivos e violentos violam os direitos humanos de outros.

Em apoio ao  artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas e outros órgãos internacionais, e em harmonia com suas crenças e sua história, a Igreja Adventista do Sétimo Dia está completamente comprometida em promover e proteger a liberdade religiosa para todos em todos os lugares. Para este fim, continuaremos a cooperar com a Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas e outras agências internacionais e organizações religiosas para encorajar cada nação a implementar o direito fundamental de liberdade religiosa. Além disso continuaremos a promover o diálogo e melhor entendimento entre as autoridades governamentais e o povo que pertence às minorias religiosas.


Esta declaração foi votada no Conselho Anual da Comissão Executiva da Conferência Geral em 29 de setembro de 1999, em Silver Spring, Maryland.


Declaração sobre Liberdade Religiosa, Evangelismo e Proselitismo

Os adventistas do sétimo dia creem que a liberdade religiosa é um direito humano básico. Como cristãos, estão convencidos de que a disseminação da religião não é só um direito, mas uma alegre responsabilidade baseada num mandamento divino para testemunhar.

Deus tem chamado os cristãos para o evangelismo – a proclamação das boas-novas de salvação em Cristo (Mat. 28:19,20). Isto é um ponto central para a vida e testemunho cristão. Assim, o cristianismo é missionário por sua própria natureza.

Afirmando a missão global e a evangelização, os adventistas são motivados pelo desejo de  obedecer o mandamento de Cristo e pelo sincero desejo de que cada ser humano seja salvo e herde a vida eterna. São motivados também pelo senso de urgência na expectativa da iminência da volta de Cristo. No esforço de cumprir o mandamento de Deus, os adventistas do sétimo dia estão hoje testemunhando, pregando e servindo em mais de 200 países.

No contexto da disseminação da religião se tem levantado à questão do “proselitismo” devido a essa palavra ser definida de várias maneiras e ter cada vez mais uma conotação pejorativa, associada a métodos de persuasão antiéticos, incluindo a força. Os adventistas do sétimo dia condenam o uso de tais métodos. Eles creem que a fé e a religião são melhor disseminadas quando convicções são manifestadas, ensinadas com humildade e respeito e o testemunho de vida está em harmonia com a mensagem anunciada, produzindo uma aceitação livre e alegre por aqueles que estão sendo evangelizados.

A atividade evangelística e missionária precisa respeitar a dignidade de todos os seres humanos. As pessoas precisam ser verdadeiras e transparentes ao lidar com outros grupos religiosos. Deve-se evitar ofender as outras comunidades religiosas. Declarações que são falsas ou ridicularizam outras religiões não deveriam ser feitas.

Conversão é uma experiência do Espírito, portanto, não deveria estar ligada de nenhuma maneira à ofertas induzidas. O direito de se envolver em atividades humanitárias deve ser reconhecido, no entanto, tal ação nunca deve estar ligada ao evangelismo de uma maneira que explora as pessoas vulneráveis oferecendo incentivos financeiros e materiais para induzi-las a mudar de religião.

Os adventistas do sétimo dia estão comprometidos a servir seu próximo pregando o Evangelho eterno a cada nação e tribo e língua e povo (Apoc. 14:6).


Esta declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (ADCOM) para ser liberada na sessão da Conferência Geral em Toronto, Canadá de 29de junho a 8 de julho de 2000.