˜De acordo com as Escrituras, o casamento é um compromisso vitalício e indissolúvel (Mateus 19:6), que não pode ser desfeito, exceto pela morte (1 Coríntios 7:8, 9 e 39) ou pelo adultério de um dos cônjuges (Mateus 19:3-9).˜
“Namoro com um homem casado. O problema é que ele nunca foi feliz, pois casou-se por causa da gravidez da sua atual esposa. Ele sempre foi apaixonado por mim e eu o amo demais. Ele vai se divorciar. Será que depois do divórcio eu posso me casar com ele? O que eu posso fazer para me libertar dessa angustia? Me ajude, por favor!”
Dois dos maiores problemas da sociedade contemporânea são a infelicidade e a infidelidade no casamento. Sentindo-se incapazes de solucionar seus problemas matrimoniais, muitos têm optado pelo divórcio ou por relacionamentos afetivos extraconjugais. Isso se deve, em grande parte, à tendência moderna de encarar o amor não mais como um princípio alterocêntrico (centralizado nos outros) e sim como um mero sentimento egocêntrico (centralizado no próprio eu).
De acordo com as Escrituras, para benefício das pessoas envolvidas, o casamento é um compromisso vitalício e indissolúvel (Mateus 19:6), que não pode ser desfeito, exceto pela morte (1 Coríntios 7:8, 9 e 39) ou pelo adultério (Mateus 19:3-9) de um dos cônjuges. Somente quando um dos consortes morre ou adultera é que o outro fica livre para contrair novas núpcias, se assim desejar. São de Cristo as palavras: “Quem repudiar sua mulher, não sendo por relações sexuais ilícitas da parte dela, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério” (Mateus 19:9; Marcos 10:11 e 12).
Todo relacionamento sexual extraconjugal é condenado pelo sétimo mandamento do Decálogo, que ordena: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14; Mateus 5:27-32). João Batista foi claro e incisivo em sua desaprovação ao relacionamento extraconjugal de Herodes Antipas com Herodias (Mateus 14:1-12; Marcos 6:14-29; Lucas 3:18-20). Em nenhum momento João sancionou a ideia de que Herodes poderia separar-se de sua primeira esposa para casar com Herodias, com a qual ele já convivia.
O conceito bíblico é de que marido e esposa se tornam, através do casamento, “uma só carne” (Gênesis 2:24) e que esta união não deve ser desfeita por vontade humana (Mateus 19:6). Paulo afirma em 1 Coríntios 7:10 e 11 que os casados não devem se separar. Se todavia o fizerem, que procurem logo se reconciliar. Caso essa reconciliação não seja mais viável, que permaneçam sozinhos. Fica evidente, portanto, que não é a mera obtenção de um divórcio legal que desfaz os laços vitalícios do matrimônio.
Muitos dos casais que alegam possuir pleno direito de se divorciarem esquecem que, com essa atitude, estão tolhendo o direito de seus filhos de terem uma família bem estruturada. Bom seria se todos os casais infelizes no matrimônio lessem, antes de qualquer decisão extrema, os conselhos bíblicos encontrados em Provérbios 15:1, Mateus 5:38-48 e 1 Coríntios 13. A maioria das separações matrimoniais gera nos cônjuges um senso de fracasso pela incapacidade de superar o problema. O ideal de Deus para os casados é a união vitalícia. Deus assim ordena porque é o melhor para os envolvidos. Ao mesmo tempo, servimos a um Deus que nos socorre quando caímos e nos machucamos e ficamos abaixo do seu ideal para nós.
O que uma pessoa que tentou o casamento e não deu certo pode fazer? Recomendamos fortemente a busca por aconselhamento cristão especializado. Sem aprovar o divórcio, este tipo de aconselhamento reconhece que quando a separação é inevitável ou já ocorreu é preciso ajudar a pessoa divorciada a compreender como obter o perdão de Deus, reconstruir a sua auto-estima e refazer sua vida.
Ao perguntar se pode namorar um homem casado respondemos: não. Se a separação dele ocorrer pelo adultério de sua parceira, ainda assim, o ideal é esperar o divórcio sair pra depois se relacionar com ele. Também pode ser útil você buscar a ajuda de um conselheiro cristão experiente para lhe ajudar nesta fase de vida que você está atravessando.
Fonte: Biblia.com.br