“Você já fez um voto a Deus? Foi um voto precipitado ou você o cumpriu? Qual era a sua intenção em fazer um voto? Descubra o princípio bíblico sobre os votos que são feitos a Deus e por que Jesus ensinou que não devemos jurar.”
Nos tempos do Antigo Testamento as pessoas faziam diversos tipos de votos com Deus. Um exemplo disso encontramos em Gênesis 28:20-22, onde Jacó promete dizimar se contasse com a presença de Deus em sua jornada: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.”
Veja que o voto não era impossível de ser cumprido por Jacó e foi feito diretamente com Deus. Os votos eram feitos com frequência nesse período e, por essa razão, encontramos no capítulo 30 de Números várias orientações escritas por Moisés com respeito ao cumprimento de votos feitos a Deus. A pessoa deveria pensar bem antes de fazer um voto, analisando se conseguiria ou não cumpri-lo. Um voto feito a Deus não deveria ser considerado levianamente e, portanto, não deveria ser feito precipitadamente: “Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de fazer o voto, não haverá pecado em ti” (Deuteronômio 23:21 e 22). “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Eclesiastes 5: 4 e 5).
No Novo Testamento, Jesus ensinou que o ideal é não fazermos juramentos ou promessas: “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto” (Mateus 5:33-36). Ele ainda orienta que a nossa palavra seja sim, sim; não, não (verso 37).
Hoje em dia, algumas pessoas tentam usar votos e promessas para barganhar com Deus, esquecendo-se do sentido original do voto: a consagração e gratidão a Deus. Caso você faça um acordo com Deus, não o faça com a intenção de forçá-lo a abençoar mais você. Lembre-se de que as bênçãos de Deus, inclusive a salvação, vêm pela graça e não por nossos méritos próprios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Tudo o que fazemos em nossa vida cristã, deve ser como um agradecimento pela salvação recebida.
Com base no que foi exposto, podemos seguir as seguintes orientações:
1) O ideal, de acordo com Mateus 5:33-36, é não fazermos juramentos, promessas ou votos (principalmente os impossíveis de serem cumpridos);
2) Nossa palavra deve ser sim, sim; não, não. Devemos ser honestos em nossa vida e não necessitarmos de juramentos (Mateus 5:37);
3) Se você fez algum voto a Deus possível de ser cumprido, cumpra-o sem demora (Eclesiastes 5:4-5);
4) Se você fez um voto a Deus impossível de ser cumprido, por causa de sua natureza humana, ou que viole os princípios divinos, arrependa-se e peça perdão a Deus e não faça isso novamente.
5) Se foi feito um voto precipitado que não esteja em harmonia com os propósitos divinos é preciso arrepender-se e confessar o pecado. Um voto é coisa muito séria, e não deve ser tratado de maneira leviana.
Fonte: Biblia.com.br