“Existem pelo menos quatro importantes evidências bíblicas de que o Espírito Santo é também um Ser pessoal distinto do Pai e do Filho. Leia este artigo e confira!”
Pr. Alberto R. Timm, Ph.D.
Algumas pessoas têm grande dificuldade para entender o que a Bíblia diz a respeito da natureza do Espírito Santo. Isso se deve, em grande parte, ao fato de enfatizarem determinadas características deste Ser divino em detrimento de outras, e de não conseguirem conciliar os atributos da personalidade e da onipresença em um só Ser. Para elas, se o Espírito Santo é uma Pessoa, então Ele não pode estar em toda parte ao mesmo tempo; e, por outro lado, se Ele é onipresente, então não pode ser uma Pessoa. Baseados nessa pressuposição, chegam mesmo a crer que Deus Pai e Deus Filho, sendo Seres pessoais, só conseguem ser onipresentes através do Espírito Santo, que, por sua vez, não pode ser mais do que um mero poder despersonalizado.
Se o critério para se estabelecer a verdade é apenas a lógica humana, então o argumento acima até poderia ser considerado correto. Mas se analisarmos detidamente o que a Palavra de Deus nos diz a respeito do Espírito Santo, perceberemos que Ele é um Ser tanto onipresente como pessoal. Isso significa que a natureza do Espírito Santo é um mistério a respeito do qual a lógica humana deve se curvar diante da revelação divina.
Na Bíblia encontramos vários textos que confirmam a onipresença do Espírito Santo (ver Salmo 139:7-12; João 14:16 e 17; 1 Coríntios 3:16; 6:19). Além disso, existem pelo menos quatro importantes evidências bíblicas de que o Espírito Santo é também um Ser pessoal distinto do Pai e do Filho. Uma delas são as alusões à Divindade como composta de três Personalidades distintas. Por exemplo, no batismo de Jesus a voz do Pai foi ouvida do Céu, e o Espírito Santo desceu na forma de uma pomba (Lucas 3:21-22). Tanto na fórmula batismal (Mateus 28:19) quanto na bênção apostólica (2 Coríntios 13:13) as três Pessoas são mencionadas de forma distinta.
Outra evidência da personalidade do Espírito Santo é o fato de Cristo referir-Se a Ele em João 14:16 como “outro Consolador” (grego állon parácleton) que seria enviado pelo Pai em nome de Cristo (João 14:26). Se o Espírito Santo fosse o próprio Pai, como alegam alguns, como poderia o Pai enviar-Se a Si mesmo? Referindo-Se ao Espírito Santo como “Consolador”, Cristo usa o mesmo termo grego parácleton que é traduzido em 1a João 2:1 como “Advogado”. Assim como este “Advogado” (Cristo) está “junto ao Pai”, sem ser o próprio Pai, também aquele “Consolador” (o Espírito Santo) é qualificado como “outro Consolador”, enviado pelo Pai sem ser o próprio Pai.
Uma terceira evidência de que o Espírito Santo é um Ser divino encontra-se nos vários textos que O associam a várias características de uma personalidade distinta dentro da Divindade. Por exemplo, Ele “a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2:10); Ele derrama o amor de Deus em nosso coração (Romanos 5:5); Ele distribui os dons espirituais a cada um “como Lhe apraz” (1 Coríntios 12:11); e Ele pode ser entristecido (Efésios 4:30).
Além disso, a Bíblia declara também que o Espírito Santo “intercede por nós” diante do Pai “com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8:26). Como poderia o Espírito Santo interceder diante do Pai se Ele mesmo fosse o Pai? A fim de perscrutar “as profundezas de Deus”, o Espírito Santo precisa ser plenamente Deus; e para interceder com o Pai, o Espírito Santo precisa ter uma Personalidade distinta do Pai. Cremos, portanto, no testemunho bíblico de que o Espírito Santo é um Ser plenamente divino, onipresente e pessoal.
Equipe Biblia.com.br