Daniel Oscar Plenc
Desde a organização da Associação Geral (AG) em 1863, a IASD geralmente tem demonstrado a sua confiança no Espírito de Profecia. O congresso da AG de 1870 em Battle Creek conseguiu um grande apoio para a obra de Ellen White. Foi resolvido entre outras coisas: Que reconheçamos a sabedoria de Deus nos Testamentos Para a Igreja, e que é perigoso e destrutivo descuidar ou ignorar as suas instruções; e também reconheçamos a nossa fraqueza e incapacidade para levar adiante sem a Sua ajuda essa obra Sagrada, de modo que a aceitação divina seja feita com alegria (Review and Herald, 22 de março, 1870). Outro congresso da AG celebrado em 1873 votou que: Está aumentando a nossa confiança no dom do Espírito de Profecia que Deus tem colocado tão misericordiosamente na mensagem do terceiro anjo… (Review and Herald, 25 de Novembro de 1873). E o que uma nova seção da AG resolveu em 1882 foi: Expressamos nossa total confiança nos Testamentos que tem sido dado tão generosamente ao nosso povo, que tem guiado nossos caminhos e corrigidos nossos erros desde o surgimento da mensagem do terceiro anjo até o momento presente… (Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882).
Mais recentemente, o congresso da AG realizado em Utrecht, na Holanda, aprovou e votou no dia 30 de Junho de 1995 uma declaração significativa à esse respeito. Se transcreve a continuação do texto dos documentos que expressa o consenso dos delegados.
Nós, os delegados reunidos em Utrecht para celebrar o 56° Congresso da Associação Geral dos Adventistas do Sétimos Dia, agradecemos a Deus por esse gracioso Dom (isto é, o Dom da graça) do Espírito de Profecia.
Em Apocalipse 12, João revela a igreja dos últimos dias como a igreja remanente, os restos.. os quais guardam os mandamentos de Deus, e seguem os testamentos de Jesus Cristo (vers. 17). Cremos que, neste breve quadro profético, o Revelador está descrevendo a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a qual não somente guarda os mandamentos de Deus, mas também as testemunhas de Jesus Cristo, o qual é o Espírito de Profecia. (Apocalipse 19:10).
Na vida e no ministério da Sra. White (1827 – 1915) vemos cumprida a promessa de Deus de prover e subsidiar a igreja remanente do Espírito de Profecia. Ainda que Ellen White nunca tenha se auto-títulado “profeta”, cremos que ela tenha feito a obra de um profeta, e até mais que isso. Ela disse: “Minha missão é fazer a obra de um profeta, mas isso não termina aí..” (Mensagens Escolhidas, t. 1, p. 40). “Se os outros me chamam de profetisa, eu apenas não discuto, minha obra inclui muito mais do que apenas um nome. Considero-me uma mensageira, a quem o senhor confiou mensagens para o seu povo…”
A missão principal de Ellen White foi dirigir a atenção às Escrituras Sagradas. Ela descreveu isso como: “Se faz pouco caso da Bíblia, e o Senhor tem dado uma luz menor para guiar os homens e as mulheres para a luz maior.” (O Colportor Evangélico, p. 147). Ela tinha fé que, por mais que os seus escritos não fossem uma grande luz, ainda assim eram uma luz, e a fonte dessa luz vinha de Deus.
Como Adventistas cremos que na Sua palavra, Deus dá aos homens o conhecimento necessário para a salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como dotadas de autoridade absoluta e como revelação infalível da Sua vontade. Constituem a regra do caráter; revelam-nos doutrinas, e é a pedra de toque da experiência religiosa. (O Grande Conflito, p. 9). Embora consideremos que o cânone bíblico está acabado, cremos também, assim como criam os contemporâneos de Ellen White, que seus escritos tinham autoridade divina, tanto ao que se referia à vida cristã quanto as doutrinas, portanto recomendamos que 1) Buscamos como igreja, o poder do Espírito Santo para aplicar mais plenamente as nossas vidas os conselhos de Ellen White, e 2) que demos valor aos esforços para publicar e fazer circular estes escritos ao redor do mundo.