Histórico sobre o Assunto

Desde seus primeiros anos, os adventistas do sétimo dia têm discutido sobre a participação ou não de membros da igreja em planos de seguro contra perda, com atenção dada ao seguro de vida.

Apesar de a igreja como um todo não ter tomado uma posição, muito menos fez disso um teste de disciplina, muitos membros creram que a igreja desencorajou ou não aprovou o fato de ter seguro de vida como sendo incompatível com o tipo de confiança na providência que marca o cristão dedicado. Ministros têm incluído frequentemente em suas apresentações públicas testemunhos contra seguros e têm encorajado os crentes, tanto antigos com novos, a abandonarem seguros já existentes.

Muitos pioneiros adventistas, apesar de saberem que a Bíblia não aborda diretamente o assunto de seguros, pediu que nenhum tipo de seguro fosse feito por cristãos. Por exemplo, em 1860 Roswell F. Cottrell, autor e líder proeminente, citou esses textos da Bíblia como apoio para a sua posição:

“Quem fica por fiador de outrem sofrerá males” (Pv 11:15). “Não toqueis em coisas impuras” (2 Co 6:17). “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação” (Sl 146:3). “O Senhor os ajuda e os livra dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio” (Sl 37:39 e 40). “Feliz o homem que em ti confia” (Sl 84:12).

Apesar de concordar com a posição geral de Cottrell, James White tinha reservas sobre a aplicação do texto e expressa sua preocupação quanto às consequências através das seguintes palavras:

Quanto ao seguro, dizemos [no vol. XV no 23], ‘Com respeito ao seguro não temos nada a declarar no momento. Até agora não asseguramos nossos próprios prédios e se a igreja concordar em não assegurar os bens da igreja, seremos processados.’ Por isso as fortes razões do Irmão RFC são um lado da principal questão em debate. Mas esperamos que todos considerarão cuidadosamente suas evidências e conexões, para que vejam por si mesmos a quantidade de testemunhos diretamente contra o seguro. A verdade prevalecerá.” – Ibid

Enquanto a discussão anterior entre os líderes adventistas tratava de seguro de todos os tipos, os riscos envolvidos os levaram posteriormente a aceitar o princípio do seguro de bens contra fogo, tempestade e roubo. A mudança de atitude surgiu por volta de 1860, quando a igreja estava consentindo na incorporação legal a fim de manter os bens da igreja. Naquela época o risco de incêndio era muito ameaçador, porque o aquecimento era produzido por fogões a carvão ou à lenha e a luz era de lâmpadas à óleo.

A aceitação de Ellen White com respeito ao seguro de proteção aos bens é ilustrada em suas cartas. Em 1880 ela escreveu ao seu filho, W. C. White, “Quero que você providencie para que a casa em Healdsburg seja assegurada. Fale com Lucinda sobre isso. Estou preocupada com isso” (Carta 17, 1880). Quatro anos mais tarde ela escreveu, “Irmão Palmer diz que escreveu-lhe sobre o seguro. Se a casa não está no seguro isso deve ser feito imediatamente” (Carta 53, 1884).

Este conselho estava em harmonia com suas repetidas instruções de que todos os passos deveriam ser tomados para salvaguardar as propriedades. Enquanto ela ainda estava viva, seu filho, W. C. White, respondeu a uma inquirição com respeito a seguro contra fogo:

Não encontramos nos escritos da Mamãe nenhuma condenação da prática do seguro em nossas propriedades contra fogo. Mamãe sempre considerou isso muito diferente de seguro de vida. Ela mantém seus imóveis corretamente assegurados, e tem encorajado algumas de nossas instituições a fazer o mesmo. – Carta de W. C. White em 5 de agosto de 1912.

Ellen G. White e o Seguro de Vida

No entanto, o seguro de vida foi visto sob uma luz diferente. De um modo geral, os que assumiram uma posição contra o seguro de vida, o fizeram como uma resposta às declarações de Ellen White, iniciando com o seu artigo de duas páginas, “Seguro de Vida,” publicado primeiramente em 1867 em Testemunho no12. Por ser sua mais antiga e mais extensa discussão sobre o assunto, é reproduzida de maneira completa aqui:

Foi me mostrado que os adventistas observadores do sábado não devem meter-se em seguros de vida. Isto é um comércio com o mundo, que o Senhor não aprova. Os que se empenham nisso se estão unindo ao mundo, ao passo que Deus chama Seu povo a sair dentre eles, e a ser separado. Disse o anjo: “Cristo os comprou pelo sacrifício de Sua vida. Quê! ‘não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.’ 1 Co 6:19 e 20. ‘Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória.’” Cl 3:3 e 4. Eis o único seguro de vida sancionado pelo céu.

O seguro de vida é um método mundano que leva nossos irmãos a nele se meterem a fim de se apartarem da simplicidade e pureza do evangelho. Todo afastamento assim enfraquecerá nossa fé e diminuirá nossa espiritualidade. Disse o anjo: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.“ 1 Pe 2:9. Como um povo, somos do Senhor de maneira especial. Cristo nos comprou. Anjos magníficos em poder nos rodeiam. Nem um passarinho cai ao solo sem o conhecimento de nosso Pai celestial. Mesmo os cabelos de nossa cabeça estão contados. Deus tomou providências em favor de Seu povo. Tem por eles especial cuidado, e eles não devem desconfiar de Sua providência, metendo-se em um plano juntamente com o mundo.

É desígnio de Deus que conservemos em singeleza e santidade nosso caráter peculiar, como um povo. Os que se ligam a esses métodos mundanos depositam meios que pertencem a Deus, que Ele lhes confiou para que empreguem em Sua causa, para promover a divulgação de Sua obra. Poucos, porém, obterão quaisquer lucros do seguro de vida, e sem a bênção de Deus mesmo esses se demonstrarão prejuízo em vez de benefício. Aqueles a quem Deus fez mordomos Seus, não têm direito de colocar nas fileiras do inimigo os recursos que Ele lhes confiou para usar em sua causa.

Satanás está constantemente apresentando engodos ao povo escolhido de Deus, a fim de desviar-lhes o espírito da solene obra de preparo para as cenas futuras, precisamente diante de nós. Ele é, em todo o sentido da palavra, um enganador, um hábil encantador. Reveste seus planos e ardis de coberturas de luz tomadas emprestadas do Céu. Tentou Eva a comer do fruto proibido, fazendo-a crer que teria muitas vantagens por causa disso. Satanás leva seus agentes a introduzir várias invenções e patentes, e outros empreendimentos, para que os adventistas guardadores do sábado que estão ansiosos de enriquecer caiam em tentação, fiquem enredados, e se traspassem a si mesmos com muitas dores. Ele está inteiramente alerta, atarefadamente empenhado em levar o mundo cativo e, mediante a ação dos mundanos, mantém continuamente alguma aprazível armadilha para atrair os descuidados que professam crer na verdade, a se unirem com os mundanos. A concupiscência dos olhos, o desejo de excitação e de agradáveis entretenimentos, é uma tentação e laço para o povo de Deus. Satanás tem muitas redes finamente tecidas, perigosas, com aparência de inocentes, mas com as quais se prepara habilmente para absorver o povo de Deus. Há aprazíveis espetáculos, diversões, palestras sobre frenologia, e uma infindável variedade de empreendimentos que surgem de contínuo, e são calculados a levar o povo de Deus a amar “o mundo” e as coisas “que nele há”. 1 Jo 2:15. Mediante esta união com o mundo, a fé se enfraquece, e os meios que deviam ser empregados na causa da verdade presente, são transferidos para as fileiras do inimigo. Por meio desses diferentes veículos, está Satanás drenando habilmente a bolsa do povo de Deus, e assim pesa sobre eles o desagrado do Senhor.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pp. 549-551.

Uma leitura cuidadosa nos habilita a ver as cinco razões dadas por Ellen White para opor-se ao seguro de vida:

  1.  Sobrecarrega excessivamente os crentes com o mundo.
  2. Encoraja um espírito mundano e secular contrários à simplicidade e sinceridade do serviço cristão.
  3. Diminui o senso da providência de Deus.
  4. Representa uma negação à verdadeira mordomia para com Deus por desviar seus fundos em aventuras arriscadas na esperança de ganho.
  5. Manifesta ganância como a especulação em direitos de patentes e invenções.

Baseado numa análise de Ellen White é óbvio que ela considera a participação em seguro de vida tanto uma ameaça à experiência espiritual como deficiente porque é uma aventura especulativa.

Após seu artigo inicial de 1867, Ellen White fez somente referências ocasionais ao seguro de vida em seus escritos. Sua mais recente declaração principal foi dirigida a N. D. Faulkhead, um proeminente trabalhador na Austrália, que além do seu profundo envolvimento com a Maçonaria, fez um seguro no valor de 200 libras. Ellen White, ao instar-lhe a romper sua conexão com a Maçonaria, também o aconselhou a cancelar seu seguro de vida. Respondendo ao seu apelo, Faulkhead escreveu: “Também vi sabedoria em seu testemunho concernente ao seguro de vida. Eu tinha um seguro em um dos escritórios da cidade, e com a ajuda de Deus eu o descontinuei também.”  – N. D. Faulkhead para Ellen G. White, 18 de setembro de 1893.

A irmã White escreveu-lhe em resposta dizendo:

Sua carta foi recebida e lida com profundo interesse. Estou muito agradecida ao nosso bondoso Pai celestial que deu-lhe força através de Sua graça para se libertar da Maçonaria…. Alegro-me também que você se desfez do seguro de vida….

A certeza do céu é o melhor seguro de vida que você pode ter. O Senhor prometeu Sua guarda neste mundo, e no mundo porvir Ele prometeu nos dar a vida imortal.” – Carta 21, 1893.

As várias subsequentes referências de Ellen White sobre o seguro de vida não refletem nenhuma explanação filosófica adicional, mas há vários usos metafóricos do termo “seguro de vida,” frequentemente relacionado à convicção encontrada em 2 Pe 1:10, 11. Ela escreveu por exemplo:

“Ninguém precisa perder o sono devido a documentos de seguro de vida. Seu direito como herdeiro de Deus, e co-herdeiro com Jesus Cristo é de uma herança incorruptível, imaculada e que não se desvanecerá.”  – Ms 63, 1899.

Uma revisão das declarações de Ellen White leva-nos à conclusão de que o seguro de vida como era praticado na sua época, era contrário aos princípios cristãos, tanto do ponto de vista espiritual como administrativo sobre os bens do Senhor.

Práticas de Seguro no Final do Século 19

O período após a Guerra Civil foi uma fase de rápida expansão e inovações tecnológicas nos Estados Unidos. Essa época foi descrita corretamente como um período de oportunismo crescente e especulação completamente não regulada pelo governo. Práticas de monopolização e a industrialização se concentravam no acúmulo de vastas fortunas pessoais, quase que sem imposto. Os esquemas para enriquecer rapidamente eram muito comuns, geralmente resultando na perda do investimento. Foi um tempo bem caracterizado pela famosa sátira de P. T. Barnum, “Os trouxas nunca acabarão.”

A inexperiente indústria de seguros estava totalmente envolvida no espírito da época, um espírito imergido na essência do alto risco. Embora grupos de ações de seguro subcapitalizados prometessem rápido enriquecimento, faliam frequentemente sem aviso prévio, deixando suas apólices sem valor. Ao as companhias tratarem com seus clientes, eram frequentemente injustas e muitas vezes cometiam fraude. Seguros de vida feitos sob o nome de pessoas totalmente estranhas eram impostas ao público, que era encorajado a investir na esperança de lucrar da morte do assegurado.

Os abusos de tal sistema levou o público a exigir regulamentos do governo. No início de 1906, leis reguladoras federais e estaduais foram designadas para limitar fraudes e exigir das companhias de seguro o cumprimento de práticas corretas.

As companhias de seguros atuais, reguladas intensamente pela lei e agências governamentais, diferem em aspectos importantes daquelas do final do século 19. O conselho de Ellen White contra investimentos em seguros de vida deve ser entendido no contexto e nas práticas de sua época, para compreendermos propriamente o significado de suas palavras.

Provisão para o Tempo de Necessidade

Ambos, as Escrituras e os escritos de Ellen White elevam a um mandato divino a responsabilidade cristã de proteger e prover para os seus entes queridos. Em ambas, fé e prática, a Bíblia atribui uma responsabilidade primária tal cuidado de parentes próximos. Baseado na autoridade do quinto mandamento “Honra teu pai e tua mãe…,” o apóstolo Paulo salienta a importância deste princípio de maneira enfática. Ele escreveu:

“Mas se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus…. Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Tm 5:4, 8).

Jesus reforçou o mesmo princípio, referindo-se a isto como o “mandamento de Deus” (Mt 15:6).

Repetidamente Ellen White enfatizou a importância de planejar para as necessidades futuras. Exemplos de tal conselho incluem o seguinte:

Poderias ter hoje um capital para usar em caso de emergência e ajudar a causa de Deus, se tivesses economizado como devias. Cada semana uma parte de teu salário deve ser reservado e de maneira alguma tocado, salvo no caso de real necessidade para devolver ao Doador como oferta a Deus. …

Os recursos que tens conseguido não têm sábia e economicamente gastos, de maneira a deixar margem para, no caso de vires a ficar doente, não ficar tua família privada dos meios que trazes para o seu sustento.” – O Lar Adventista, pp. 395, 396.

Tivessem você e sua esposa compreendido ser um dever que Deus lhes impôs negar seu gosto e seus desejos e fazer provisão para o futuro, em vez de viver meramente para o presente, … sua família teria os confortos da vida. – Testemunhos Para a Igreja, vol. 2, p. 432.

Através de sua vida Ellen White promoveu como deveres cristãos práticas como diligência, trabalho honesto, exercício da previdência, auto-negação e generosa benevolência para a causa do Senhor. Ela encorajou a aquisição de posses de qualidade e o cuidado delas. Falou em favor de compra de casas onde isto é possível e aprovou o acúmulo de reservas razoáveis para uso em necessidades. Ela considerava que tais reservas estivessem disponíveis não somente para necessidades pessoais, mas também para expandir a obra de Deus e atender àqueles fora da família que estivessem em dificuldades. Ela via favoravelmente a aquisição de uma casa modesta, mas confortável, para a aposentadoria, e falou do respeito próprio que resultaria de se haver planejado para o futuro. (Ver Testimonies, vol. 7, pp. 291, 292.)

Conclusão

Procurando entender os ensinamentos das Escrituras e os escritos de Ellen White sobre o seguro de vida, muitos adventistas têm-se concentrado nos seus avisos contra o seguro, negligenciando seus testemunhos que visam também fazer provisões para tempos de necessidade. O efeito tem sido privar os membros de benefícios dessa natureza que um planejamento prudente pode suprir.

Sob as atuais condições, a perguntas fundamentais são: As apólices de seguro oferecem um método para suprir as necessidades de emergência que são compatíveis com os princípios cristãos? Podem elas ajudar a resolver as crises surgidas pela deficiência ou morte do provedor sem enfraquecer a fé ou o comprometimento da confiança na providência de Deus? Podem elas auxiliar a cumprir a responsabilidade dada por Deus de proteger os sobreviventes inocentes de tragédias deste perigosos mundo? Podem elas preencher a lacuna criada pelos reduzidos laços familiares deste mundo moderno à medida que o individualismo aumenta e os programas governamentais desfazem os antigos vínculos?

Uma comissão de estudo da Associação Geral e o Ellen G. White Estate conduziram uma detalhada pesquisa do seguro de vida, resumida em um relatório de 50 páginas publicado em 1957. Suas proposições, baseadas em cuidadosa investigação, proveem uma sólida interpretação dos princípios envolvidos, e devem ser levados em consideração para se chegar à uma conclusão. Estes princípios incluem o seguinte:

  1. O Espírito de Profecia aconselha sem hesitação e ensina decididamente que o cristão deve fazer provisões para os “maus dias”. Devemos reconhecer que virá o tempo onde o salário será reduzido ou cessado; e olhando para o futuro, devemos se possível, ter uma quantidade razoável de propriedade e dinheiro em reserva para suprir tais necessidades a fim de que “a caridade dos outros não venha sobre nós.”
  2.  É apropriado ter a segurança de um modesto lar próprio e um investimento financeiro moderado – dinheiro no banco, investido na obra do Senhor, ou em outro investimento seguro.
  3.  É adequado nos beneficiarmos da proteção oferecida pelo seguro de incêndio e de automóveis.
  4. Em qualquer provisão que fizer para o futuro, o cristão tem de estar sempre ciente do cuidado especial e amoroso de Deus sobre seus filhos, e não se esquecer das necessidades da obra de Deus.
  5. A família e a igreja têm responsabilidade para com os membros em tempo de necessidade e de luto. O cristão deve partilhar o fardo do seu próximo para que ninguém sofra.
  6. A extensão da provisão que deve ser feita para os dias de necessidade e como isso deve ser efetuado fica a critério do indivíduo para resolver cuidadosamente e com oração, com o coração entregue a Deus, e com a determinação que o cumprimento dessas responsabilidades, cada passo será dado em harmonia com a vontade de Deus.
  7. Os conselhos dados sobre o seguro de vida pelo Espírito de Profecia na década de 1860 foram dados num período em que seguro de vida era descontrolado, e muitas vezes lidado por interesses de “caloteiros”, como um jogo desonesto num esquema de rápido enriquecimento.
  8. Apesar dos conselhos do Espírito de Profecia entre os anos de 1867 e 1909 terem continuado a ser consistentes em desencorajar seguro de vida, deve ser reconhecido que nos Estados Unidos tal seguro ficou sob o controle de leis bancárias estaduais somente a partir de 1906. Até 1910 algumas companhias ainda estavam envolvidas em práticas duvidosas e frequentemente desonestas. Entretanto, após 1909, não houve declarações de Ellen White sobre seguros de vida.
  9. Vários planos de poupança e seguro que hoje são definidos como “seguro de vida”, protegidos por leis estaduais decretadas cuidadosamente, e sujeitas à inspeção rigorosa de autoridades estaduais, são geralmente consideradas seguros investimentos e mais sólidas do que muitos outros investimentos.
  10. Na maioria dos assim chamados planos de seguro, como são escritos hoje, o princípio de reservar algo para dias de necessidade e também de partilhar o fardo com o próximo está sendo executado. O círculo atinge além da família ou igreja, um grande número de pessoas, equilibrando assim as responsabilidades e minimizando as despesas.
  11. Seguro de saúde é também outra maneira de nivelar o que pode ser altas despesas. Nesse caso também um grande número de pessoas dividem as responsabilidades uns dos outros.
  12. Seguro para funerais provê um meio onde os gastos agora relacionados com a morte é provido de maneira certa e segura através do pagamento adiantado por um período de anos.
  13. Institutos funerários, no qual um grande número de pessoas participam seja por dívida ou taxa por ocasião da morte de um membro são uma maneira de dividir sistematicamente os gastos de tal maneira que levamos as cargas uns dos outros. Através de um plano bem organizado fazemos a provisão apropriada para uma despesa que tem de ser paga.
  14. A Previdência Social é reconhecida pela igreja como um plano onde o empregador e o empregado se unem em economizar sistematicamente que estará à disposição em tempo de necessidade, seja na aposentadoria ou morte.
  15. Esses diferentes planos proporcionam exatamente para os membros leigos o que a denominação (IAJA) tem fornecido por muitos anos para ministros e outros funcionários. Esse é um plano, no qual uma porcentagem regular da folha de pagamento de várias organizações de trabalho é acumulada num fundo centralizado que é para ser desembolsado em pagamentos mensais ao aposentado ou ao trabalhador incapacitado ou suas viúvas, em situações de dificuldade, para gastos extras com médico e funeral.
  16. Apesar de oficialmente não encorajar nem desencorajar seus membros quanto a diferentes tipos de seguro, a igreja adventista do sétimo dia através de votos da Comissão da Conferência Geral em Concílio Anual aprovou formalmente planos de seguridade social e de benefício para sobreviventes.
  17. Na escolha do método empregado para prover “um capital para usar em caso de emergência” (O Lar Adventista, p. 395), seja qual for o método, um cuidado especial deve ser tomado em buscar e seguir os conselhos dos mais experientes em quem se pode confiar para obter uma direção segura.
  18. Independente da reserva que o provedor faça em preparo para o dia de adversidade financeira ou renda reduzida, ele deve guardar-se cautelosamente contra atitudes que podem leva-lo ao amor ao dinheiro, ou a colocar sua confiança naquilo que ele criou com suas próprias mãos, prejudicando assim, uma íntima comunhão com seu Criador e Redentor.
  19. O Senhor, através dos conselhos do Espírito de Profecia, nos deu muitos conselhos e diretrizes sobre a nossa responsabilidade financeira de mordomia, deixando claro nossas obrigações para com Deus, com nossa família, nossos irmãos da igreja e nosso próximo. Esses conselhos devem ser cuidadosamente estudados, reestudados e absorvidos, para que acumulemos tesouro no céu, e não sejamos seduzidos pelos enganos de Satanás.

Votado:

  1. Advertir todos os crentes, especialmente aqueles que têm a responsabilidade financeira da família, efetuar uma reserva bem planejada para situações de emergência que podem afetar eles próprios e suas famílias.
  2. Assegurar-se de que os seguros de vida não têm nenhum conflito com os princípios cristãos como meios legítimos de prover para tempos de necessidade.
  3. Ponderar que as decisões quanto à extensão de como o seguro será usado para contribuir para o planejamento financeiro da família é uma questão de consciência pessoal, e que a igreja não deve tomar qualquer posição oficial nesse aspecto.
  4. Aconselhar que o ato de economizar para o futuro não dá qualquer direto ao exercício da ganância.
  5. Recomendar àqueles que planejam assegurar o futuro, evitarem que motivos egocêntricos venham a ser parte de seu planejamento.
  6. Educar os membros da igreja através do ministério da mordomia referente a sólidos princípios em planejamento financeiro familiar.
  7. Não tomar qualquer medida como igreja quanto a estabelecer ou promover qualquer forma de seguro de vida em comum para os membros.

Fonte: Escritório da Associação Geral, 1985 (Ver a Ata do Concílio Anual, 1985, p. 29)
Ellen G. White Estate
Washington, D. C., março de 1989.